Transformação do mercado de combustíveis na Bahia

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02/01/2024
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A Tarde / Coluna Made in Bahia
O mercado de combustíveis é base de quase a totalidade das cadeias de produtivas, que sofre impactos diários de variáveis incontroláveis, somadas ao câmbio, a disputa de forças na geopolítica mundial, a política de preço Petrobras, e a complexidade tributária que impacta o setor. A dependência do Brasil do diesel importado e a entrada de novos players privados no mercado de refino do país com política de precificação internacional contribuíram para que os conflitos geopolíticos globais passassem a impactar mais as relações de oferta e demanda de combustíveis no Brasil.
A reforma tributária foi importante para o setor, pois acabou com a guerra fiscal entre os estados, alterando a cobrança de ICMS de ad valorem por UF (alíquota percentual) para ad rem nacional, que fixa um valor em R$/Litro igual para todo o Brasil. Esta mudança permitiu maior eficiência em custo, uma vez que viabilizou uma mudança na estratégia de investimentos do mercado pró-eficiência logística, que por vezes fez investimentos em determinados estados para ter vantagem tributária, e permitiu que produtos refinados na Bahia, em determinadas condições de mercado, avancem em novas fronteiras para outros estados.
A Petrobahia cresceu 48 p.p. a mais que o mercado, posicionando-se como a quarta distribuidora que mais cresceu no país, e uma das 7 maiores do Brasil, em novembro/2023. Para 2024, a expectativa é manter o crescimento, ao tempo em que continua investindo em bases no interior do Brasil, em transição energética, através do projeto de gás natural comprimido e liquefeito, da produção de etanol de milho, e do biocombustível de 2ª geração a partir do Sisal, este último em parceria com CIMATEC e USP. Espera-se um faturamento na ordem de R$ 10 bilhões e investimentos próximos a R$ 100 milhões em 2024.
O projeto de interiorização do gás natural da Bahia é um verdadeiro projeto de estado, liderado por empresas privadas. O projeto permite levar gás natural por meio rodoviário a regiões fora da rede de gasoduto existente, gerando desenvolvimento econômico, emprego e renda. Com o modelo de gás natural liquefeito é possível atender a custo competitivo regiões entre 250 km e 1000 km a partir do polo de suprimento. A Petrobahia, junto com a GNLink e a Bahiagas, irá desenvolver a infraestrutura para os corredores azuis, a partir de Itabuna, ofertando gás natural em postos Petrobahia, que permitirão veículos leves e pesados movimentarem suas cargas pelo Nordeste, consumindo gás natural.
A estratégia da Petrobahia para enfrentar o cenário futuro de alta volatilidade e elevado risco, é suportado por foco em governança, gestão, reputação ilibada, e ética concorrencial. Austeridade na gestão orçamentária amparado por investimento em pessoas.

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