Estadão/ Estradão
A Toyota começou a desenvolver módulos de células a combustível em sua fábrica de Kentucky, nos Estados Unidos. Os novos sistemas são para caminhões elétricos da classe 8. Ou seja, o equivalente aos pesados no Brasil. Segundo a empresa, os primeiros conjuntos vão chegar ao mercado em 2023.
De acordo com a Toyota, o desenvolvimento está sendo feito pela Hino. Ou seja, sua divisão de veículos comerciais e caminhões. Atualmente, a Hino é uma das maiores fabricantes de modelos com motor a diesel da Ásia.
“Estamos trazendo nossa tecnologia elétrica para o segmento de veículos pesados”, diz o presidente e diretor executivo da marca, Tetsuo Ogawa. Segundo ele, com isso outras fabricantes vão poder adquirir o sistema e oferecer opções de pesados livres de emissões de poluentes.
Sistema da Toyota terá 480 km de autonomia
De acordo com dados da Toyota, os módulos de célula a combustível dual (duplos), pesam cerca de 635 quilos. E podem fornecer até 160 kW de potência contínua. Ou seja, o equivalente a 214 cv. Bem como autonomia em torno dos 480 km.
Segundo a empresa, esse alcance será possível para caminhões rodando com até 40 toneladas de peso bruto total (PBT). De acordo com a Toyota, além de oferecer boa dirigibilidade, o sistema se destaca pelo baixo nível de ruído.
Isso porque em veículos a célula a combustível não há combustão. Nesse sentido, o sistema utiliza motores elétricos e transmissão. Portanto, inclui bateria de alta tensão e reservatórios para o hidrogênio, que poderá ser adquirido de diferentes fornecedores.
Toyota e outras parceiras
Seja como for, esta não é a primeira investida da Toyota no desenvolvimento de células a combustível. Assim, a empresa já trabalha com Kenworth e apresentou, no fim de 2020, um protótipo do caminhão T680 com o sistema – confira no vídeo acima. O modelo entrou em operação em portos do sul da Califórnia (EUA). Ou seja, em ambiente confinado.
Segundo a empresa, o caminhão foi feito pela Toyota Logistics Services e a operação ficou a cargo da Southern Counties Express. O projeto é parte do Zero and Near Zero Emissions Freight Forwarding. Assim, contou com investimentos do governo da Califórnia para o desenvolvimento de opções de transporte livres de emissões de poluentes.