Money Times
Olá, pessoal. Tudo bem? Este é o meu primeiro post da coluna “The Money Office”. Fica óbvio pela ilustração acima a minha inspiração no seriado tão amado por quem já precisou trabalhar em algum escritório alguma vez na vida.
Eu, como fundador do Money Times, sempre tentei trazer a vocês um olhar diferente daquele existente, há cinco anos, entre os sites de notícias por aí. As nossas notícias são mais diretas e muitas vezes não previsíveis. Este é o objetivo dos meus textos e desta estreia.
Vamos ao ponto: por que a gasolina e o diesel vendido no Brasil nunca será “justo”? Assumindo que as variáveis atuais se mantenham ad aeternum, de fato, não dá para esperar por uma “lógica” popular na definição dos preços.
Vamos aos porquês:
O reajuste dos preços, no Brasil, leva em conta o valor do petróleo no mercado internacional e a variação do real em relação ao dólar.
Ou seja, como boa parte do petróleo refinado é importado, estes componentes têm grande peso na composição do valor que chega à bomba.
As outras variáveis são a carga tributária, etanol e biodiesel, além das margens na revenda. Estes todos, claro, são decididos muitas vezes pelo governo, ou no caso dos postos, de regras de mercado.
Mas o que, então, torna o preço “injusto”?
Não é o petróleo, já que este segue também as regras internacionais de mercado e, claro, das tensões geopolíticas e das decisões do cartel da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo).
Acontece que o valor do real em relação ao dólar há muito tempo está distante do que é considerado, em termos econômicos, como “justo” e, em apanes alguns momentos, está em um valor de equilíbrio. Quase como um eclipse lunar. Este nível pode ser encontrado por meio da Paridade do Poder de Compra (PPC), na qual a taxa de câmbio é igual à razão entre o poder de compra das duas moedas.
Como lembra a economista da XP Investimentos, Tatiana Nogueira em um relatório enviado a clientes nesta terça-feira (21), a evidência histórica mostra que a o câmbio pode ficar longe do seu valor “justo” por muitos anos.
“No curto prazo, o prêmio de risco costuma ser predominante, especialmente para uma economia emergente com fundamentos fiscais frágeis como o Brasil. Por isso, projetamos que o câmbio encerre o ano em R$ 5,20 e 2022 em R$ 5,10”, calcula Tatiana.
Na hora em que o preço for “justo” já estaremos todos dirigindo Teslas.