Nos seis primeiros dias de julho, o barril do tipo brent no mercado internacional caiu mais de 15% diante do temor de recessão nos EUA. Assim, passou do patamar próximo de US$ 120 no fim de junho para valor próximo de US$ 100, no menor patamar desde abril. O UBS usa dados de quarta-feira — portanto, antes da alta observada nesta quinta-feira, 7.
Com os dados até a quarta, o banco suíço calcula que o preço praticado pela Petrobras em Paulínia (SP) e Itaqui (MA) estaria cerca de 5% acima da paridade internacional. Ou seja, é mais caro comprar da Petrobras que importar das empresas que seguem os valores praticados nos Estados Unidos.
Para a gasolina, o UBS estima que os preços ainda estariam defasados em cerca de 15% — ou seja, abaixo da paridade internacional. Mas os analistas do banco reconhecem que a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) estima que a gasolina da Petrobras estaria 2% mais cara que a paridade.
Na quarta-feira, a concorrente da Petrobras na Bahia, a petroleira Acelen, anunciou redução do preço na refinaria de 9% para o diesel e queda de 5,2% para a gasolina.
Com essa atualização, a concorrente privada passa a vender o litro do diesel tipo S10 por R$ 5,26 na Bahia, valor inferior à média nacional anunciada no mês passado pela Petrobras, de R$ 5,61. No caso da gasolina, a Acelen reduziu o litro para R$ 4,32, ainda acima da média nacional da Petrobras, de R$ 4,06.
A Acelen é controlada pelo fundo Mubadala, de Abu Dhabi, e comprou da Petobras a então refinaria Landulpho Alves nos arredores de Salvador. A instalação foi rebatizada de refinaria de Mataripe.
Petróleo sobe nesta quinta
Nesta quinta-feira, 7, o mercado do petróleo operou em firme tendência alta, com subida superior a 5% no barril do tipo brent, que volta a ser negociado próximo a US$ 105.
Em um mercado bastante volátil, a commodity sobe diante da notícia publicada pela agência Bloomberg de que a China estaria preparando um novo megapacote de incentivo à economia de US$ 220 bilhões. A iniciativa, segundo a Bloomberg, seria através da autorização para que governos locais emitam dívida ainda no segundo semestre deste ano para financiar novos projetos de infraestrutura — o que poderia acelerar a segunda maior economia do mundo.
O petróleo também sobe diante da volta do temor de que a Rússia possa voltar a reduzir a oferta de energia a países vizinhos, especialmente na região do Mar Cáspio.