Diário do Nordeste
Atenção! A agência de notícias EBPR, especializada em informações ligadas ao setor de energia, petróleo e gás, está anunciando que a Noxis Energy, desenvolvedora da Refirnaria de Petróleo do Pecém (RPP) pretende adicionar uma planta de metanol ao projeto.
Segundo a EBPR, a empresa está de olho no potencial de substituição de importações do produto, uma vez que hoje 100% do metanol consumido no Brasil são importados.
A previsão é produzir tanto metanol cinza, oriundo do gás natural, quanto metanol verde, a partir da oferta futura de hidrogênio verde em Pecém.
O metanol é consumido no país nas indústrias de biodiesel e plástico, principalmente. O CEO da Noxis, Gabriel Debellian, também mira o potencial do setor marítimo.
De acordo com ele, a ideia é utilizar a sinergia de parte do maquinário da refinaria de petróleo para instalar uma planta com capacidade para produzir, num primeiro momento, entre 300 mil a 400 mil toneladas/ano de metanol cinza.
Para isso, o gás terá de custar menos de US$ 5/MMBTU.
O preço do gás natural é um desafio pelos valores praticados no mercado nacional. Contudo, Debellian acredita que os preços globais cairão na segunda metade da década.
Além da importação de Gás Natural Liquefeito (GNL), a partir do terminal que será construído pela Portocem no porto cearense, a Noxis também mira oportunidades de aquisição de gás natural junto à Petrobras e à Eneva, em Sergipe.
Em dezembro, a empresa obteve autorização da ANP para construir uma refinaria capaz de processar 100 mil barris/dia no Ceará.
– A planta visa à produção, sobretudo, de óleo combustível marítimo, mas também diesel, gasolina e gás liquefeito de petróleo (GLP).
A refinaria deverá absorver investimentos de US$ 1,3 bilhão – sem a planta de metanol.
A RPP aguarda, agora, a emissão da licença prévia. A expectativa é começar a construção ainda este ano e colocar a refinaria privada em operação até o fim de 2026.