FONTE: R7
No final de junho, a Petrobras anunciou que poderia fazer alterações de preços do óleo diesel e da gasolina diariamente, a depender das oscilações do produto no mercado externo. Isso quer dizer que o preço pode subir ou cair de um dia para o outro.
Mas quanto tempo isso demora para chegar no bolso do consumidor? Dois dias, em média, afirma o presidente do Sincopetro (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de São Paulo), José Alberto Paiva Gouveia.
— Para o consumidor final, a mudança de preço sempre vai vir com ao menos dois dias de atraso em nível de mercado. Claro que pode ter um posto que repassa no mesmo dia, mas é exceção.
De acordo com o presidente do sindicato, após a Petrobras reduzir o preço da gasolina e do óleo diesel, o posto precisa aguardar o combustível chegar via distribuidora para ver quanto efetivamente baixou. Além disso, o estoque antigo do posto permanece com o preço antigo.
— Quando chega o produto novo, aí é que vou repassar para o consumidor. Então, tem que esperar o estoque antigo terminar para passar a valer o desconto para o estoque novo.
Gouveia alerta, porém, que o fim do “preço político” mantido pela Petrobras há alguns anos e a adoção do preço internacional sujeita o consumidor a pagar por aumentos do valor do produto.
— O consumidor está todo satisfeito, todo sorridente, porque o mercado internacional está em queda, então, a Petrobras está repassando aos poucos. [...] Como é bom para baixo, tem que ser bom para cima às vezes. Qualquer mexida que der no preço do petróleo, ela vai repassar do mesmo jeito.
De acordo com o Sindicom (Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes), o preço da gasolina é formado por: 43,6% do produto em si; 25,4% do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços); 19,5% de fretes e margens de lucro; e 11,6% de tributos federais.