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Fonte: Folha PE

Pernambuco deve assumir um papel fundamental, nos próximos anos, no abastecimento do mercado interno de combustíveis. Isso porque, embora o Brasil possua o oitavo maior parque de refino do mundo, ainda convive com um déficit interno dos produtos e está na quinta posição entre os maiores importadores de derivados de petróleo. Neste ponto, a Refinaria Abreu e Lima – Rnest, em Suape, assume um papel estratégico como o empreendimento do País com melhores perspectivas de expansão da produção em menos tempo e com menor custo.
Apesar de todas as polêmicas relacionadas ao empreendimento, a planta de refino foi concebida para ser uma das mais modernas do País e tem grande capacidade produtiva. Tanto que, mesmo ainda inconclusa (apenas a primeira linha de refino está em funcionamento), “a Rnest já é responsável por 30% da produção nacional de diesel S-10”, detalhou o diretor de refino da Petrobras, Jorge Celestino, durante lançamento do Programa Combustível Brasil do Governo Federal, que aconteceu na última segunda-feira (20) na Federação da Indústria (Fiepe).
A iniciativa visa estimular a livre concorrência e atrair investimentos privados para o mercado de combustíveis, que atualmente está quase que totalmente nas mãos da Petrobras. As ações passam por um redesenho amplo do setor, incluindo normas de precificação, e ainda propõe a criação de regras de acesso e desenvolvimento das infraestruturas portuárias e terminais de abastecimento de combustíveis.
“Com a Petrobras reavaliando os seus negócios, precisamos repensar o funcionamento desse mercado, estimulando a competitividade”, justificou o ministro de Minas e Energia (MME), Fernando Coelho, que veio a Pernambuco para lançar o programa. O secretário de Petróleo, Gás e Biocombustíveis do MME, Márcio Félix, acredita que essa remodelagem não reduz necessariamente a participação da Petrobras neste mercado. “Isso quem vai decidir é a companhia”, comentou.
Contudo, ele acredita que o programa pode, inclusive, contribuir para atração do parceiro privado inclusive para viabilizar a conclusão da segunda linha de refino da Abreu e Lima (Trem 2). “Estamos preparando o terreno para atrair investidores e a Rnest é a bola da vez. Mas isso cabe à Petrobras conduzir”, concluiu. O diretor da petrolífera, Jorge Celestino, não conversou com a imprensa sobre os planos da empresa. O programa Combustível Brasil será apresentado em workshops no próximo mês, no Rio de Janeiro. Em seguida, o MME abrirá consulta pública sobre a proposta e o relatório final deve ser levado para aprovação no Conselho Nacional de Política Energética no dia oito de junho.

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