Fonte: Reuters
Os preços do petróleo registraram nesta quinta-feira os maiores ganhos diários da história, depois de o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmar que espera que Rússia e Arábia Saudita anunciem um grande corte de produção, e de a imprensa estatal saudita noticiar que o reino convocou uma reunião emergencial de produtores para lidar com o atual cenário do mercado.
Trump disse que conversou com o príncipe herdeiro saudita, Mohammed bin Salman, e que espera que Arábia Saudita e Rússia cortem produção em até 10 milhões ou 15 milhões de barris, uma vez que ambos os países deram sinais de que estão dispostos a chegar a um acordo.
Trump não especificou se os números são representados em barris por dia (bpd), embora o mercado expresse oferta e demanda dessa forma. Um acordo desse tamanho, no entanto, necessitaria da participação de outros grandes produtores de fora da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep).
A Arábia Saudita, enquanto isso, anunciou que vai convocar uma reunião de emergência da Opep, segundo a mídia estatal do país. O Wall Street Journal, na sequência, reportou que o reino consideraria reduzir sua produção para 9 milhões de bpd, ou cerca de 3 milhões de bpd a menos do que planejava bombear em abril.
Os contratos futuros do petróleo Brent fecharam em alta de 5,20 dólares, ou 21%, a 29,94 dólares por barril, enquanto o petróleo dos EUA avançou 5,01 dólares, ou 24,7%, a 25,32 dólares o barril.
“A questão acaba sendo se eles conseguirão concordar em algo. Foram algumas semanas de Brent a 25 dólares e WTI a 20 dólares, e parece que agora os russos estão mais propensos à abordagem do que há um mês”, disse Gene McGillian, vice-presidentem de Pesquisa de Mercado da Tradition Energy em Stamford, Connecticut.
Reportagem de Scott DiSavino em Nova York, com reportagem adicional de Laila Kearney, Devika Krishna Kumar e Jessica Resnick-Ault em Nova York, Liz Hampton em Houston, Julia Payne em Londres, Shu Zhang em Cingapura e Sonali Paul em Melbourne