Fonte: Reuters
Barril do Brent, entretanto, seguia negociado abaixo de US$ 27. Na quarta-feira, atingiu menor valor desde 2003.
Os preços do petróleo se recuperavam nesta quinta-feira (19) após três dias de forte queda que haviam levado as cotações ao menor nível em quase duas décadas, em meio à menor demanda causada pela pandemia de coronavírus e à maior oferta gerada pela guerra entre sauditas e russos por participação no mercado.
O petróleo Brent subia 1,39 dólar, ou 5,59%, a U$ 26,27 por barril, às 8h26 (horário de Brasília). Já o petróleo dos Estados Unidos avançava 2,34 dólar, ou 11,49%, a US$ 22,71 por barril.
O Brent, que havia perdido metade de seu valor em menos de duas semanas, ganhou algum fôlego à medida que investidores dos mercados financeiros avaliam os impactos de mais medidas massivas de estímulos por bancos centrais pelo mundo.
Na quarta-feira, o Brent bateu US$ 24,52, menor valor desde 2003, enquanto o petróleo nos EUA havia perdido quase 25% na véspera, recuando para mínima de 18 anos.
Arábia Saudita, Rússia e EUA comandam a geopolítica do petróleo
Mas analistas disseram que os ganhos devem ser temporários, uma vez que a queda na demanda soma-se ao colapso mais cedo neste mês de um acordo para restrição de oferta entre a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e outros produtores.
A redução na demanda, particularmente no setor de transportes, tem criado um crescente excesso de oferta de produtos refinados como gasolina e combustível de aviação.
A Arábia Saudita, na prática a líder da Opep, que iniciou uma guerra de preços com a Rússia que levou à derrocada das cotações, tem planos de manter sua produção em nível recorde de 12,3 milhões de barris por dia (bpd) durante meses.