(Reuters) – O preço médio do diesel nos postos de combustíveis do Brasil avançou 2,1% na primeira quinzena de dezembro, atingindo nível superior ao de momentos que antecederam o choque causado pela pandemia de Covid-19, disse a Ticket Log nesta quarta-feira.
Segundo o índice de preços da companhia, o valor médio do diesel nos quinze primeiros dias do mês foi de 3,825 reais por litro. Em março, quando os primeiros efeitos da crise sanitária e econômica começaram a ser sentidos, o combustível custava, em média, 3,746 reais por litro.
Se comparado à maio, quando as cotações desceram às mínimas do ano diante dos impactos da pandemia, o preço médio do diesel –combustível mais consumido do Brasil– apura alta de 18%, indicou a Ticket Log, marca de gestão de frotas e soluções de mobilidade da Edenred Brasil.
O levantamento da companhia apontou que o preço médio mais caro do diesel comum foi registrado na região Norte, a 4,028 reais por litro, enquanto o valor mais baixo foi visto no Sul, com o litro custando, em média, 3,502 reais.
A pesquisa, realizada em 18 mil postos credenciados da Ticket Log, acompanha outros levantamentos que apontam para uma tendência de alta nos preços dos combustíveis no país.
Na véspera, a ValeCard afirmou que o preço médio da gasolina nos postos brasileiros subiu 1,7% na primeira quinzena e superou níveis pré-pandemia. Pesquisas da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), divulgadas às sextas-
Enquanto isso, a Petrobras elevou, a partir desta quarta-feira, o preço do diesel em suas refinarias em 4%, enquanto a gasolina subiu 3%, em meio a um aumento no valor do petróleo no mercado internacional.
Os repasses dos reajustes da estatal aos consumidores finais, porém, não é imediato, dependendo de uma série de fatores, como margem de distribuição e revenda, impostos e adição obrigatória de etanol anidro.