CNN Brasil
O preço médio da gasolina no Brasil pode voltar ao patamar de junho de 2021 nesta semana. O motivo é a nova redução aplicada pela Petrobras na venda do combustível às distribuidoras de R$ 0,15 por litro.
A variação nos postos de combustíveis deve ser de R$ 0,11 por litro, a partir da conta proporcional considerando a mistura com etanol. O cálculo é feito pela própria Petrobras.
No levantamento feito pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) divulgado na última sexta-feira, 29, o valor médio do litro do combustível estava em R$ 5,74.
O levantamento é feito por uma empresa contratada pela ANP, que fotografa as placas de preços e produz relatórios. São analisados mais de 5,5 mil postos.
De acordo com a metodologia da ANP, “a frequência da coleta é semanal e, como regra geral, os preços à vista são coletados nos três primeiros dias úteis de cada semana com envio por meio eletrônico dos resultados”.
Isso significa que o último levantamento, divulgado na sexta-feira, não foi capaz de detectar ainda as variações de preço depois do desconto que foi divulgado no dia anterior.
Se for, ao menos parcialmente, aplicado pelos postos de combustíveis, o desconto pode fazer o patamar de preços da gasolina comum retroagir a junho do ano passado.
Hoje, o valor médio é R$ 5,74. Com o desconto, portanto, poderia cair para até R$ 5,63. Em junho de 2021, a média mensal do litro da gasolina comum era de R$ 5,68.
A queda a um patamar de 13 meses é consequência de uma combinação de fatores: isenção de impostos e reduções da Petrobras sob a gestão do novo presidente, Caio Mario Paes de Andrade.
Em menos de um mês, Andrade participou da decisão de reduzir o preço da gasolina duas vezes: primeiro em 4,93% e depois em 3,88%.
O preço atual da gasolina (R$ 5,74) já é R$ 1,55 menor do que o valor mais alto registrado até agora, na segunda semana de maio deste ano, quando o litro bateu R$ 7,29.
Ainda assim, o valor é muito superior ao patamar de junho de 2020, por exemplo, quando o litro da gasolina comum custava R$ 3,96.
Um dos fatores que contribuiu para a escalada dos preços nos últimos meses foi a Guerra na Ucrânia, que pressionou o preço do barril de petróleo no mercado internacional.