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Os futuros do petróleo dispararam e fecharam a segunda-feira em alta forte, após a Pfizer ter anunciado que sua vacina obteve resultados melhores que o esperado para proteger as pessoas da covid-19 em um estudo de fase 3.
Os ganhos diários da commodity foram os maiores em seis meses. Os contratos futuros do West Texas Intermediate para dezembro fecharam o dia em alta de 8,48%, aos US$ 40,29 o barril, na Bolsa de Mercadorias de Nova York (Nymex). Já os futuros do Brent para janeiro subiram 7,47%, negociados a US$ 42,40 o barril na ICE, em Londres.
“A principal razão dos ganhos do dia parece ligada ao progresso da vacina, que há muito se destaca como a maior fonte de potencial de alta nos preços do petróleo”, disse Robbie Fraser, analista sênior de commodities da Schneider Electric, em uma nota.
“O petróleo teve um ano absolutamente horrível com a pandemia martelando a demanda e, em um determinado momento, empurrando os preços do petróleo para o negativo”, disse Craig Erlam, analista de mercado sênior da Oanda, em uma nota. “Bem, isso agora pode mudar com uma vacina fornecendo uma solução sustentável para um problema absolutamente horrível que causou uma tragédia global”, afirmou.
Segundo a Pfizer e a BioNTech, a vacina provou ser mais de 90% eficaz nos primeiros 94 indivíduos que foram infectados pelo novo coronavírus e desenvolveram pelo menos um sintoma, de acordo com dados do estudo de fase 3. Até agora, nenhum problema de segurança sério surgiu no estudo, que inscreveu cerca de 44 mil voluntários em diversos países.
A notícia desencadeou uma recuperação global em ações e outros ativos considerados arriscados, enquanto os investidores se desfizeram de ativos de proteção como Treasuries e ouro. Ações de empresas relacionadas a viagens, incluindo companhias aéreas e operadoras de navios de cruzeiro, dispararam.
Segundo participantes do mercado pesaram ainda comentários do ministro de Energia da Arábia Saudita que sinalizaram abertura para ajustes no acordo entre a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (Opep +) sobre cortes na produção global de petróleo. E o mercado também viu “alguma clareza” em termos do resultado das eleições presidenciais dos EUA.