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O petróleo fechou em forte alta nesta sexta-feira (1), apoiado pelo recrudescimento das tensões no Oriente Médio após ataques de Israel a civis em Gaza, e de olho em sinais de aperto da oferta global da commodity energética.
O petróleo WTI – referência americana – com entrega prevista para junho subiu 1,98%, a US$ 78,33 por barril. Já o Brent – referência global – para maio avançou 2%, a US$ 83,55 por barril. Na semana, os contratos acumularam altas de 3,58% e 3,40%, respectivamente.
A perspectiva de que um acordo por cessar-fogo no Oriente Médio ficou mais distante após as forças militares israelenses matarem mais de 100 civis que buscavam ajuda humanitária em Gaza deu apoio aos preços do petróleo nesta sessão, uma vez que o transporte da commodity tende a encarecer com o conflito.
Além disso, o mercado aguarda por uma decisão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) quanto às cotas de produção dos próximos meses. É provável que o grupo estenda os cortes de oferta implementados em meados do ano passado, e uma decisão neste sentido pode vir já na semana que vem, de acordo com fontes ouvidas pela Reuters.
Investidores também precificam a possibilidade de que os Estados Unidos e outras potências ocidentais pressionem mais a oferta russa de petróleo por meio de sanções. De acordo com Phil Flynn, analista do The Price Futures Group, já há sinalizações de que a Rússia reduza as suas exportações em resposta, o que poderia provocar uma nova escalada dos preços, algo que o governo de Joe Biden quer evitar.
“A Rússia poderia cortar [sua oferta], criando um déficit de fornecimento global ao reter as exportações, o que poderia causar outro grande aumento de preço. Há um risco crescente de um grande movimento de alta se isso acontecer, e é melhor que os investidores estejam preparados para este caso”, avalia.
Além dos sinais específicos do mercado de petróleo, o dia foi marcado por um forte apetite por risco global, catalisado por indicadores de atividade mais fracos nos Estados Unidos que fizeram o mercado ficar mais otimista quanto aos cortes de juros do Federal Reserve (Fed) neste ano. Assim, o dólar perdeu força ante moedas rivais e de países emergentes, dando ainda mais tração ao petróleo.