Fonte: IstoÉ
Os contratos futuros de petróleo fecharam em queda nesta quinta-feira, 15, em uma sessão marcada pela aversão ao risco e o fortalecimento do dólar, em meio ao noticiário sobre a segunda onda de casos de coronavírus na Europa. As perdas, no entanto, foram contidas pela informação de que os estoques da commodity tiveram forte queda nos Estados Unidos na semana passada.
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril do WTI com entrega prevista para novembro encerrou em baixa de 0,19%, a US$ 40,96. Na Intercontinental Exchange (ICE), o contrato de Brent para dezembro cedeu 0,37%, a US$ 43,16.
A quinta-feira começou com generalizada deterioração dos ativos no exterior, pressionados pelo pessimismo em relação à evolução da pandemia. França, Portugal e Reino anunciaram endurecimento de restrições ao movimento depois que os três países registraram aumento considerável no número de casos de covid-19. Ontem, a União Europeia bateu recorde diário de diagnósticos, com mais de 100 mil infecções confirmadas em 24 horas.
O cenário contribuiu para o fortalecimento do dólar, o que torna a commodity energética mais cara e, portanto, menos atraente. “Os preços estão em baixa com o temor de mais restrições econômicas devido ao coronavírus e de que o sentimento de risco ajude a derrubar as cotações”, explicou o analista Bjarne Schieldrop, da SEB Markets.
À tarde, o petróleo reduziu o ritmo de perdas, em reação ao relatório semanal do Departamento de Energia (DoE) dos EUA. Segundo o documento, os estoques da commodity no país caíram 3,818 milhões de barris, a 489,109 milhões de barris, na semana encerrada em 9 de outubro. Analistas ouvidos pelo Wall Street Journal previam queda menor, de 1,9 milhão de barris.
Reportagem da Bloomberg revelou que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo, junto com aliados (Opep+), conseguiu pouco progresso em setembro para compensar o excesso de produção em meses anteriores, de acordo com dados obtidos com fontes do cartel. A Opep+ tem ainda de fazer cortes de 2,33 milhões de barris por dia para compensar o excesso de oferta anterior, de 2,38 milhões de barris por dia um mês atrás, no âmbito do acordo fechado pelas nações envolvidas para reduzir a produção e apoiar os preços.