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Valor Econômico

O petróleo fechou em baixa próxima de 1% nesta quarta-feira (23), pressionado por preocupações quanto à demanda global após os índices de gerentes de compras (PMIs, na sigla em inglês) dos Estados Unidos e de economias europeias virem piores que o esperado nas leituras preliminares de agosto medidas pela S&P Global.

O barril do petróleo WTI, a referência americana, com entrega prevista para outubro recuou 0,94%, a US$ 78,89 (menor valor de fechamento desde 26 de julho, segundo levantamento da FactSet). Já o barril do Brent, a referência internacional, para o mesmo mês cedeu 0,98%, a US$ 83,21.

Nos EUA, o PMI composto — que engloba os setores de serviços e indústria — caiu 50,4 pontos em agosto, enquanto o da zona do euro recuou a 47 pontos. Já no Reino Unido, houve baixa para 47,9 pontos. Leituras abaixo de 50 pontos indicam contração da atividade econômica.

“Embora o mercado permaneça em um déficit moderado de oferta por enquanto, as preocupações com a demanda continuam a pesar sobre os preços futuros”, disse Robbie Fraser, gestor de pesquisa e análise global da Schneider Electric.

Estoques nos EUA

No fim da manhã desta quarta, a forte queda de 6,134 milhões de barris nos estoques de petróleo dos EUA deu algum apoio aos contratos futuros, que limitaram as perdas. No entanto, a inesperada alta nos estoques de gasolina moderou o ímpeto positivo.

“O mercado de petróleo irá permanecer apertado no curto prazo e, a menos que observemos uma redução prolongada na demanda, os preços provavelmente encontrarão um lar acima do nível de US$ 80”, projeta Edward Moya, analista-sênior de mercados da Oanda. Segundo ele, o próximo teste da commodity energética será a resposta do dólar ao Simpósio de Jackson Hole do Federal Reserve (Fed), que começa amanhã e contará com um discurso do presidente da autoridade monetária americana, Jerome Powell, na manhã de sexta-feira (25).

“Se uma fraqueza do dólar emergir de Jackson Hole, isso poderá ser o catalisador para mandar o petróleo de volta às máximas do mês passado”, diz Moya.

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