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Valor Econômico

O petróleo recuperou parte das fortes perdas da sessão de segunda-feira (16) ao fechar com avanço moderado nesta terça-feira (17), dia marcado pela volatilidade da commodity energética no mercado futuro em meio às incertezas do mercado quanto à guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas.

O barril do petróleo WTI, a referência americana, com entrega prevista para dezembro fechou em alta de 0,21%, a US$ 85,44. Já o barril do Brent, a referência global, para o mesmo mês subiu 0,28%, a US$ 89,90.

“Os investidores de energia permanecem em modo de espera para ver se os esforços diplomáticos dos EUA serão bem-sucedidos em evitar que o conflito entre Israel e Hamas se transforme em uma guerra regional mais ampla”, diz Edward Moya, analistasênior de mercados da Oanda.

Ele ainda credita parte do impulso do petróleo aos dados mais fortes que o esperado de vendas no varejo e produção industrial nos EUA em setembro. “Um forte volume nas vendas no varejo sugere que o consumidor dos EUA está saudável e provavelmente pode continuar a pagar esses altos preços na bomba. Uma surpresa positiva na produção industrial pode ser apenas uma tentativa de melhora, mas diz muito sobre como essa economia continua a impressionar”, diz.

Outro ponto observado é a possibilidade de que os EUA retirem sanções à Venezuela, o que permitiria ao país sul-americano ofertar mais 200 mil barris por dia (bpd) de petróleo ao mercado global no curto prazo, conforme estimativa da Rystad Energy. Segundo Sofia Guidi Di Sante, analista-sênior de mercado de petróleo da casa, o montante adicional seria “apenas uma gota no oceano do mercado” por conta da falta de investimentos no setor venezuelano.

“Um aumento na produção global de petróleo seria muito necessário após um 2023 turbulento para a oferta, que viu a remodelação dos fluxos comerciais após a invasão da Ucrânia pela Rússia, cortes voluntários na produção da Arábia Saudita de 1 milhão de bpd até dezembro deste ano e a recente eclosão do conflito entre Israel e Hamas. No entanto, se as sanções contra a Venezuela forem suspensas, é improvável que um aumento na produção do país seja capaz de trazer um alívio significativo aos mercados de petróleo no curto prazo”, conclui Di Sante.

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