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Os contratos de petróleo fecharam com ganhos nesta quinta-feira (2). O recuo do dólar colaborou para o movimento, com investidores ainda avaliando o anúncio de ontem da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+). Além disso, foram monitorados sinais da retomada econômica global.
O petróleo WTI para outubro fechou em alta de 2,04% (+US$ 1,40), em US$ 69,99 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para novembro avançou 2,01% (+US$ 1,44), a US$ 73,03 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).
A Rystad Energy afirmou que a Opep+ não trouxe surpresas, ao manter o plano de aumento gradual na oferta. A consultoria diz em relatório que a alta de hoje foi fruto em parte do câmbio, com recuo do dólar que torna os contratos mais baratos para os detentores de outras divisas, e também após a queda forte nos estoques da commodity nos EUA vista ontem, que segundo a Rystad foi lida como um sinal de confiança na perspectiva para os mercados.
A Oanda, por sua vez, diz que o câmbio de fato influencia, mas também a passagem do furacão Ida pelos EUA. Segundo ela, o quadro pode afetar o crescimento no curto prazo e fazer o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) ser mais paciente no aperto monetário, o que tende a conter o dólar. Além disso, a Oanda afirma que as refinarias podem levar algumas semanas para normalizar suas operações, após o furacão na costa do Golfo.
No noticiário de hoje, foi avistada uma possível mancha de óleo no Golfo do México, após a passagem do furacão Ida. Autoridades disseram que ainda não é possível chegar ao local. Já o presidente Joe Biden disse que liberará estoques de gasolina, a fim de garantir o abastecimento na área afetada e conter os preços do combustível.
Olhando para o mais longo prazo, a Capital Economics avalia em relatório que o petróleo deve ter tendência de queda nos próximos dois anos. Para a consultoria, a commodity já tem um aumento constante previsto na oferta, que deve superar a recuperação na demanda. Com isso, ela adverte que ações do setor de energia podem ficar mais pressionadas.
Fonte: E-Investidor