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Estoques de petróleo nos Estados Unidos tiveram queda de 3,115 milhões de barris para 436,83 milhões na semana encerrada em 28 de outubro
Os contratos futuros de petróleo fecharam em alta nesta quarta, 2, em uma sessão atenta ao recuo maior do que o esperado nos estoques da commodity nos Estados Unidos. Além disso, a decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) foi observada para o mercado, e teve com uma das repercussões uma desvalorização do dólar. Como o petróleo é cotado na moeda americana, o movimento tende a impulsionar os preços do barril.
O petróleo WTI para dezembro fechou em alta de 1,84% (US$ 1,63), a US$ 90,00 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), enquanto o Brent para janeiro de 2023 subiu 1,59% (US$ 1,51), a US$ 96,16 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).
Os estoques de petróleo nos Estados Unidos tiveram queda de 3,115 milhões de barris, a 436,83 milhões, na semana encerrada em 28 de outubro, informou hoje o Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) do país. Analistas consultados pelo The Wall Street Journal esperavam queda de 200 mil barris. Segundo a Capital Economics, a queda da semana passada nos estoques comerciais e estratégicos arrastou as reservas totais para seu nível mais baixo desde novembro de 2001, contribuindo assim para o aumento nos preços hoje.
A consultoria lembra ainda que os estoques de gasolina e destilados também permaneceram baixos. Em sua visão, juntos, os preços altos do petróleo e uma leve recessão devem pesar sobre a demanda nos próximos meses. Enquanto isso, a produção de petróleo bruto no país caiu de 12 milhões de barris por dia (bpd) para 11,9 milhões.
A Capital Economics suspeita que o aumento nos preços dos futuros e de prazos mais longos este ano contribuirá para um aumento de aproximadamente 500 mil na produção até o final do próximo ano. No entanto, “não vemos a produção dos EUA subindo para seu nível pré-pandemia de cerca de 13 milhões de bpd em breve devido à disciplina de capital em curso pelas empresas de petróleo”, avalia. Enquanto isso, o presidente Joe Biden segue fazendo críticas à postura das empresas do setor.