Petróleo cai mais de 1% com alta dos estoques de gasolina e destilados nos EUA

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Rio de Janeiro - Sede da Petrobras (Tânia Rêgo/Agência Brasil)


Valor Investe

Os contratos futuros de petróleo fecharam em queda firme nesta quinta-feira, após o Departamento de Energia dos Estados Unidos (DoE) relatar um aumento acima do esperado no volume estocado de gasolina no país na semana que passou, o que indica a possibilidade de uma demanda mais fraca por combustíveis nos EUA.
O mesmo aconteceu com os estoques de produtos destilados, que incluem diesel e gás para calefação. O volume estocado de destilados registrou aumento de 2,544 milhões de barris, para 119,288 milhões na semana, o que contrariou a expectativa de queda de 100 mil.
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI, a referência americana, com entrega prevista para julho caiu 1,67%, a US$ 77,91 por barril. Já na Intercontinental Exchange (ICE), o Brent, a referência global, para entrega em agosto recuou 1,45%, a US$ 81,88 por barril.
O DoE informou, ainda, que os estoques de petróleo cru nos EUA caíram 4,156 milhões de barris na semana encerrada em 24 de maio, a 454,689 milhões. O recuo foi muito maior que os 1,4 milhão de barris estimados por analistas consultados pelo “The Wall Street Journal”.
“Acreditamos que a capacidade ociosa elevada limita o potencial de alta nos preços do petróleo, enquanto o gerenciamento de mercado da Opep+, o baixo risco de recessão e as compras de SPR (Reserva Estratégica de Petróleo) nos EUA limitam o potencial de queda”, afirmam analistas do Goldman Sachs em relatório enviado a clientes.
Os profissionais esperam que os países da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) “estendam completamente seus cortes voluntários de produção no terceiro trimestre”, na reunião do próximo domingo. Eles preveem, ainda, valor em posições compradas em petróle, ou seja, apostando na alta da commodity, devido à demanda sólida e aos cortes prolongados de produção da Opep+, “o que deve continuar contribuindo para um retorno total significativo nos futuros do Brent de 25% neste ano”.

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