Fonte: UDOP
Petrobras e seus sócios em Libra ganharam mais cinco anos para explorar o bloco, no pré-sal da Bacia de Santos, por decisão da diretoria da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Foi aprovada a revisão do plano de avaliação de descoberta (PAD) do 3-BRSA-1267-RJS (poço de extensão), que prevê campanhas adicionais nas áreas Sudeste e Central de Libra.
Com as mudanças, a fase de exploração de Libra foi postergada quase cinco anos, de março de 2020 (venceu no dia 1º), para 28 de fevereiro de 2025. O consórcio de Libra é formado por Petrobras (40%), Shell (20%), Total (20%), CNPC (10%) e CNOOC (10%).
Na porção Sudeste do bloco, o consórcio precisa decidir em 31 de dezembro deste ano se assume o compromisso de perfuração de um poço adicional ou se devolverá a área. Até lá, precisa concluir o processamento de dados sísmicos — inversão acústica e elástica sobre o dado LSRTM, segundo a ANP.
Na parte Central, o ponto de decisão ficou para junho de 2024, quando deve ser feito o compromisso de perfuração de um poço de exploração ou a devolução da respectiva área. Até lá, a Petrobras analisa a aplicação de uma tecnologia patenteada para separação de CO2 e aumento da recuperação de óleo em campos do pré-sal, o HISEP.
Entenda: Um projeto de exploração pode ser composto por vários planos de avaliação de descobertas (PADs). Cada um representando um poço descobridor de novas acumulações de óleo ou gás natural, que precisam ser delimitadas para definir os limites dos campos de produção. No caso de Libra, o consórcio fez uma campanha de exploração bem-sucedida na área Noroeste do bloco, resultado no campo de Mero, em 2017. Mas as empresas continua com a área remanescente sob um contrato de exploração.
Libra foi o primeiro bloco contratado pelo modelo de partilha de produção, em 2013. Nele, foi descoberto e delimitado o campo de Mero, em operação e com um sistema de produção dimensionado em quatro FPSOs. As duas primeiras unidades de produção foram foram contratadas com Modec (Mero 1) e SBM (Mero 2).
Em fevereiro, o diretor de Desenvolvimento da Produção e Tecnologia da Petrobras, Rudimar Lorenzatto, afirmou à epbr que o planejamento atual para Mero contempla apenas quatro FPSOs. O plano é concluir a contratação de Mero 3 e, ao menos, iniciar a de Mero 4 este ano.
A empresa está cortando sua produção em 200 mil barris/dia para reduzir sua exposição à crise no mercado de óleo, que amplia os efeitos da queda mundial da demanda por combustíveis. Ainda não há uma decisão sobre revisão de projetos de produção no pré-sal.
Fonte: Epbr