Valor Econômico
O aumento dos preços da gasolina e do diesel pela Petrobras reduz a defasagem da estatal em relação aos preços internacionais, de acordo com Pedro Rodrigues, diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE). No entanto, ele afirma que a falta de transparência sobre a política da estatal ainda perdura.
“O reajuste de hoje melhora a situação da Petrobras, reduz os prejuízos, mas não resolve a falta de transparência da política de preços”, diz Rodrigues. “Não teria problema se a Petrobras dissesse até que patamar do petróleo Brent conseguiria sustentar os preços, ou que mostrasse uma análise gráfica. A falta de previsibilidade prejudica importadoras.”
Conforme os cálculos do CBIE com base no fechamento do petróleo Brent de ontem, de US$ 86,21, a defasagem dos preços da gasolina da Petrobras reduz de 32,5% para 21,6%. No diesel, a defasagem fica em 9,23%, ante 27,6% antes do reajuste.
A Petrobras informou na manhã de hoje que aumentará em R$ 0,41 o preço médio de venda do litro de gasolina A para as distribuidoras, que passará a ser de R$ 2,93.
Considerando mistura obrigatória de 73% de gasolina A e 27% de etanol anidro para a composição da gasolina comercializada nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor será, em média, R$ 2,14 a cada litro vendido na bomba.
No diesel A, o aumento da Petrobras foi de R$ 0,78 no preço médio de venda para as distribuidoras, que passará a ser de R$ 3,80.
Os reajustes entram em vigor a partir de quarta-feira (16).