Fonte: Valor Online
O lucro bruto da parte de distribuição da Petrobras registrou uma queda de 13% entre o primeiro e o segundo trimestre, para R$ 1,3 bilhão, por causa da redução das margens de comercialização, prejudicadas pelas perdas de estoques com a queda do preço do diesel, decorrente da greve dos caminhoneiros. Na comparação com segundo trimestre de 2017, o lucro bruto aumentou 3,5%.
Na quarta-feira, a BR Distribuidora informou, junto com os resultados financeiros do primeiro trimestre, que a paralisação resultou em uma perda de aproximadamente R$ 200 milhões. A Petrobras possui uma participação de 71,25% no capital social da BR Distribuidora, que era parte integral de sua estrutura até o final de 2017, quando ela abriu seu capital.
Apesar da queda de 7% das despesas operacionais, na comparação com o trimestre anterior, a divisão de distribuição viu o lucro operacional recuar 50%, para R$ 269 milhões, e o lucro líquido diminuir 55%, para R$ 122 milhões. Em relação a igual período de 2017, as quedas foram de 25% e 48%, respectivamente.
A receita com vendas cresceu na comparação entre o primeiro e segundo trimestre, para R$ 24,6 milhões, por causa dos preços, uma vez que houve recuo de 2% em volume, para 612 mil barris por dia.
No primeiro semestre, a parte de distribuição da Petrobras registrou lucro bruto de R$ 2,9 bilhões, alta de 3%, com o aumento nas margens médias de comercialização. O resultado, porém, foi prejudicado pelo menor volume de vendas, que recuou 6%, para 619 mil barris por dia no mercado interno.
O lucro operacional caiu 12% nos primeiros seis meses do ano, a R$ 811 milhões, em função do impacto das reversões, em 2017, da provisão para indenizações do plano de desligamento voluntário da BR Distribuidora, por causa das desistências ocorridas no período. Com a reabertura do programa, a companhia voltou a fazer provisões.