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Agência Estado
A Petrobras anunciou na segunda-feira, 19, uma redução de 5,7% no preço médio do diesel vendido em suas refinarias. Com isso, o valor na ponta do distribuidor vai cair R$ 0,30 por litro, de R$ 5,19 para R$ 4,89. Foi a terceira queda do combustível desde o início de agosto, acumulando um corte de 12,8% no período nas refinarias.

Além do diesel, a Petrobras já anunciou quatro reduções seguidas para a gasolina, além de quedas nos preços de outros produtos, como gás de cozinha, combustíveis de aviação e asfalto. Todas aconteceram na gestão de Caio Paes de Andrade, o quarto presidente da Pebrobras desde o início do governo Bolsonaro – que nos últimos meses havia aumentado a pressão sobre a empresa para mudar sua política de preços.

Em dois meses e meio, o efeito conjunto da limitação da alíquota do ICMS sobre combustíveis (a 17%) e dos cortes de preços foram 12 semanas consecutivas de queda nos valores pagos no varejo. No período, o preço médio da gasolina nas bombas já caiu 32,8%, enquanto o do diesel recuou 9,6%.

‘TÉCNICO’

Embora tenha ficado acima do patamar das duas outras mexidas (ambas de R$ 0,20 por litro), o corte anunciado ontem para o diesel foi visto como técnico e conservador por analistas e agentes de mercado ouvidos pelo Estadão/Broadcast. “Ainda é um movimento totalmente técnico. Disso não podemos reclamar. Fala-se muito de influência política, mas havia espaço até para uma redução mais forte”, afirma o analista da divisão de óleo e gás da consultoria StoneX, Pedro Shinzato.

Apesar da volatilidade que tem marcado o preço de paridade de importação (PPI) do diesel, na semana passada as cotações do combustível “derreteram”, no jargão do mercado, abrindo espaço para descontos domésticos pela Petrobras.

“Existia espaço para queda de até dois dígitos no diesel, mas a Petrobras foi conservadora ao optar por 5,7%. Isso mostra que a empresa vê cenário próximo ao nosso, de aperto entre oferta e demanda que tende a ficar mais forte à frente”, diz Ilan Abertman, da Ativa Investimentos.

Para analistas, a “gordura” deve servir como margem de segurança para a Petrobras não precisar elevar seus preços, caso o movimento se inverta e a cotação do diesel volte a escalar no mercado internacional. Todos os dias, essa cotação tem variado até R$ 0,20 para cima ou para baixo seja por flutuações da commodity ou do câmbio. (Colaborou Marianna Gualter)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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