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As ações da Petrobras (PETR3;PETR4) iniciaram a semana em queda que superou os 3% no intraday e fecharam com baixa acima de 2%, com uma série de fatores sendo monitorada de perto pelos investidores. A ação PETR3 caiu 2,52% (R$ 39,82), enquanto PETR4 teve baixa de 2,02% (R$ 36,88).
Os contratos futuros de petróleo fecharam o pregão desta segunda em queda forte, em meio a contínua incerteza sobre a demanda da China e diante da valorização do dólar no exterior, que tende a encarecer e tirar a atratividade de commodity aos investidores que possuem outras moedas.
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para setembro fechou em queda de 1,75% (US$ 1,35), a US$ 75,81 o barril, enquanto o Brent para outubro, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), fechou em queda de 1,53% (US$ 1,23), a US$ 79,05 o barril.
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Já no noticiário da companhia, a Petrobras divulga nesta segunda, após o fechamento do mercado, os seus dados de produção do segundo trimestre, antes da divulgação dos resultados na próxima semana, o que pode dar sinalização sobre os números da estatal.
Mas, além disso, as notícias sobre alocação de capital da companhia (em investimentos ou em dividendos) roubam a cena na sessão, com duas aquisições no radar.
Os agentes financeiros repercutem entrevista com a diretora de Exploração e Produção da estatal, Sylvia dos Anjos, publicada pela Reuters perto do fechamento da sexta-feira, informando que a companhia fez uma oferta não vinculante para comprar a operação e uma fatia do bloco exploratório de petróleo e gás de Mopane, na Namíbia.
A XP Investimentos avalia a notícia como neutra, devido a incerteza se a oferta da Petrobras prevalecerá, uma vez que várias outras empresas fizeram ofertas pelo ativo. Por outro lado, disse receber com satisfação a alocação de capital da petrolífera para o upstream (exploração e produção) e reconhece que a companhia é uma das melhores operadoras de águas profundas do mundo e que a Namíbia offshore é uma nova e prolífica fronteira exploratória. No entanto, analistas disseram ser menos construtivos em relação à diversificação da Petrobras para fora de seus principais ativos no Brasil. A Galp possui uma participação de 80% no campo e, segundo informações, está procurando vender uma participação de 40% no ativo.
A Genial, por sua vez, comenta que a operação pode pressionar o pagamento de dividendos da estatal, o que preocupa os investidores.
Ainda no radar do mercado, o jornal Valor Econômico divulgou no fim da semana passada que a Petrobras pode recomprar a participação total na refinaria de Mataripe (BA), mas o desfecho da operação ainda depende de decisões como o modelo da operação e, principalmente, o valor da transação. Essas definições ainda estão em aberto, sem um prazo decidido.
A estatal tem planos de se tornar a controladora da refinaria e, embora as discussões iniciais apontassem para uma aquisição de 80%, há espaço para adquirir a totalidade da companhia.
“Acreditamos que o mercado esperava que a Petrobras adquirisse uma participação menor; portanto, esta notícia é marginalmente negativa. Se a Petrobras comprasse a refinaria pelo mesmo preço que a vendeu (US$ 1,8 bilhão) por meio de um desembolso no 3T24, nossa estimativa de dividend yield (dividendo sobre o valor da ação) para o resto de 2024 seria reduzida de 7,7% para 7,3%”, avalia o banco.
(com Reuters e Estadão Conteúdo)