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Uma das apostas das grandes montadoras automobilísticas para ganhar protagonismo no mercado de veículos elétricos é o desenvolvimento de baterias próprias, sem depender da tecnologia e da oferta de eventuais fornecedores. Esse é um ponto importante, já que a bateria é a chave para o desenvolvimento de modelos mais eficientes, leves e baratos. Não à toa, a Ford anunciou nesta semana que vai aumentar o investimento em baterias após a pandemia, centralizando as atividades de pesquisa e desenvolvimento em um “laboratório de aprendizagem” no estado de Michigan, nos EUA. “Queremos dar à Ford a flexibilidade e a opção de, eventualmente, integrar verticalmente [a cadeia produtiva de seus carros elétricos]”, explicou Hau Thai-Tang, diretor de operações da montadora norte-americana, ao Financial Times. O jornal destacou também outra preocupação da Ford nesse projeto: a escassez de matéria-prima para a construção das baterias, o que tem causado um aumento dos preços do material e disputas de fornecimento entre fabricantes e montadoras.
Ainda sobre as baterias, a Bloomberg publicou um infográfico interessante sobre o funcionamento dessa peça e a busca de cientistas e empresas automobilísticas por tecnologias de armazenamento de energia mais eficientes e baratas. Para o setor, essa é tida como a corrida mais importante a ser vencida nos próximos dez anos para garantir a competitividade das montadoras no longo prazo.
Em tempo: A Economist fez uma análise curiosa sobre as expectativas da Tesla para garantir a supremacia no mercado de carros elétricos. Enquanto as montadoras tradicionais correm contra o tempo para recuperar o terreno, a empresa de Elon Musk vislumbra superar mais uma fronteira tecnológica — a da inteligência artificial. No entanto, a Tesla ainda precisa encontrar uma fórmula adequada para conseguir competir com as gigantes que estão vindo atrás e, ao mesmo tempo, avançar com essa tecnologia sem tropeçar em sua própria ambição.
Fonte: Clima Info