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A Opep e seus aliados deverão manter uma política já existente de aumentos graduais na produção de petróleo, apesar de terem revisado para cima as perspectivas de demanda para 2022 e de enfrentarem a pressão dos Estados Unidos para que o bombeamento da commodity seja ampliado de forma mais rápida, disseram quatro fontes nesta quarta-feira.
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e aliados liderados pela Rússia, que formam o grupo conhecido como Opep+, reúne-se às 12h (horário de Brasília).
Eles fecharam um acordo em julho para reduzir os cortes de produção que mantinham, acrescentando ao mercado 400 mil barris por dia (bpd) por mês.
“A Opep+ provavelmente manterá o acordo como havia sido estipulado”, disse uma das fontes antes das negociações desta quarta-feira.
Na terça-feira, especialistas da Opep+ revisaram a previsão de crescimento da demanda por petróleo em 2022 para 4,2 milhões de bpd, acima da estimativa anterior de 3,8 milhões de bpd, possivelmente construindo o argumento para um aumento de produção no futuro.
Com base nos dados de 2021, o cenário para 2022 parece otimista. A Opep+ espera que a demanda cresça em 5,95 milhões de bpd neste ano, após ter enfrentado uma queda recorde de cerca de 9 milhões de bpd em 2020 por causa da pandemia de Covid-19. No primeiro semestre de 2021, porém, o crescimento da demanda foi de apenas 3 milhões de bpd.
Os EUA, enquanto isso, têm pedido para que a Opep+ aumente a produção de forma mais rápida, em momento em que o petróleo Brent –referência internacional da commodity– é negociado acima da marca de 72 dólares por barril, próximo a máximas de vários anos.
Reuters