O clima não anda nada bom entre Bolsonaro e o presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna. O motivo principal é o alto valor dos combustíveis, que tem pesado contra a campanha de reeleição de Bolsonaro. Auxiliares do presidente afirmaram que as conversas recentes entre os dois “não foram fáceis” e que Bolsonaro está exercendo forte pressão sobre Luna.
General da reserva, Luna foi indicado ao cargo em fevereiro do ano passado por Bolsonaro. O motivo, mais uma vez, foi sua insatisfação com os reajustes nos preços de combustíveis realizados na gestão do antecessor, Roberto Castello Branco. Na ocasião, o presidente da República chegou a dizer que não iria “interferir” na companhia, mas que poderia mudar a política de preços da estatal com o apoio da Câmara dos Deputados.
Em um evento de um banco, no início do mês, o presidente da Petrobras disse que tem tentado explicar à sociedade e ao Congresso que não pode segurar o preço dos combustíveis. Luna afirmou ainda que a empresa tem responsabilidade social, mas que “não pode fazer políticas públicas”.