Novo “diesel verde” chega ao setor como resposta a má fama do petróleo

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Exame – Online

Da Califórnia ao Texas, uma série de refinarias americanas vem produzindo um novo combustível, idêntico ao diesel usado nos caminhões, mas sem petróleo na formulação. Chamada de diesel renovável, ou “diesel verde”, a novidade é celebrada por ambientalistas como uma opção mais limpa à versão convencional.

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O diesel verde é feito com vegetais, como a soja, assim como o biodiesel fabricado no Brasil. Só que, ao contrário do biodiesel, o diesel verde permite a mistura com outras matérias-primas no processo de produção — óleo de fritura e gordura animal estão entre elas. E, por dar uma destinação segura a insumos antes descartados de qualquer jeito e que poluíam o meio ambiente, o diesel verde tem sido aplaudido por ambientalistas.

A expectativa é que as refinarias americanas produzam por ano 1,4 bilhão de galões do produto até 2022 — pouco mais de 20% da produção anual de petróleo. “Muitas refinarias têm anunciado a conversão de suas plantas”, diz Beatriz Pupo, analista sênior de biocombustíveis da consultoria Standard & Platts, que fez o cálculo de produção.

Pelo menos 20 refinarias nos Estados Unidos já fabricam ou pretendem apostar no combustível. Na Europa, a francesa Total anunciou, em setembro, a suspensão do refino de petróleo bruto numa refinaria nos arredores de Paris, para fabricar o diesel verde.

No Brasil, a ANP, agência reguladora do mercado de óleo e gás, quer colocar normas para o diesel verde. A promessa é ter regras para esse mercado até o fim do ano. Enquanto isso, a Petrobras vem testando a produção numa refinaria no Paraná.

“O diesel renovável é um biocombustível avançado, com a mesma estrutura do diesel convencional”, explica a empresa, em nota. “Esse novo combustível reduz a emissão de gases de efeito estufa em 70% em relação ao óleo diesel mineral.”

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