Nem milho, nem cana: empresa aposta em sorgo para aumentar a produção de etanol

Petróleo fecha em baixa, com cautela por demanda da China e dos EUA
06/03/2024
Cepa de levedura criada na USP produz etanol de segunda geração a partir de açúcares complexos
06/03/2024
Mostrar tudo


UDOP

Além da cana-de-açúcar e do milho, o sorgo está mobilizando investimentos no agro brasileiro para a produção de etanol. O Grupo Inpasa anunciou a ampliação de uma de suas usinas para a unidade gerar o biocombustível a partir desse grão.

Trata-se da usina em construção no município de Sidrolândia, no interior de Mato Grosso do Sul. A empresa prevê que o local comece a operar no segundo semestre de 2024.

“A nova planta da Inpasa marca a diversificação no uso de matérias-primas para a produção de etanol”, informa a empresa em comunicado. “Além do milho, a Inpasa agora aposta no sorgo como uma opção a mais para a segunda safra no Estado.”

Fundado em 2007 para a produção de bioenergia a partir de cereais, o grupo tem o milho como sua principal matéria-prima. Com três usinas em operação, o negócio faturou quase R$ 10 bilhões em 2022.

A atração pelo sorgo não é por acaso. Seu uso pode resultar em redução nos custos por ter menor demanda no mercado interno, em comparação ao milho. Ou seja: o negócio pode se tornar mais lucrativo.

Além disso, Mato Grosso do Sul é o terceiro maior produtor desse grão no país. Para 2024, a colheita do local é estimada em 500 mil toneladas — cerca de 10% da safra nacional. Assim, o Estado perde apenas para Goiás (1,4 milhão de toneladas) e Minas Gerais (1,3 milhão de toneladas).

A nova usina de etanol

De acordo com a companhia, a obra da usina de Sidrolândia empregará milhares de operários. O orçamento ficou na casa dos bilhões de reais.

“A Inpasa é hoje a maior transformadora de cereais em energias limpas e renováveis da América Latina”, afirma a empresa. “Com um investimento estimado em mais de R$ 2 bilhões em Sidrolândia, há previsão da geração de mais de 2 mil empregos na etapa de obras, além de 350 novos postos de trabalho efetivos, a partir do funcionamento da planta, no segundo semestre de 2024.”
Revista Oeste

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *