Perspectiva de queda na demanda doméstica e preços favoráveis são fatores que beneficiam os envios ao exterior
Nova Cana
Segundo estimativas da StoneX, os Estados Unidos têm potencial para ser um mercado favorável ao etanol brasileiro em 2021.
De acordo com a consultoria, o consumo nacional de combustíveis do ciclo Otto, que inclui o etanol, deverá ser menor em 2021 do que nos anos anteriores, ainda que superior ao de 2020. Incertezas quanto à retomada da economia e da mobilidade urbana, em decorrência da pandemia de coronavírus pouco controlada, são as principais causas desta perspectiva.
A StoneX, entretanto, pondera que a limitada oferta do renovável no ciclo 2021/22 e a demanda doméstica retraída farão com que grande parte do produto seja destinado ao mercado interno. Isso ocorre por conta do maior uso da cana-de-açúcar para a fabricação de açúcar, que segue com preços favoráveis e mais vantajosos que os do biocombustível.
Ainda assim, o ambiente é positivo para as exportações brasileiras de etanol, especialmente analisando o câmbio, que tem operado em patamares bastante desvalorizados.
As informações foram trazidas pela analista de inteligência de mercado de açúcar e etanol da StoneX, Rafaela Souza, durante evento on-line promovido pela consultoria na última quinta-feira, 15.
Segundo estimativas da StoneX, os Estados Unidos têm potencial para ser um mercado favorável ao etanol brasileiro em 2021.
De acordo com a consultoria, o consumo nacional de combustíveis do ciclo Otto, que inclui o etanol, deverá ser menor em 2021 do que nos anos anteriores, ainda que superior ao de 2020. Incertezas quanto à retomada da economia e da mobilidade urbana, em decorrência da pandemia de coronavírus pouco controlada, são as principais causas desta perspectiva.
A StoneX, entretanto, pondera que a limitada oferta do renovável no ciclo 2021/22 e a demanda doméstica retraída farão com que grande parte do produto seja destinado ao mercado interno. Isso ocorre por conta do maior uso da cana-de-açúcar para a fabricação de açúcar, que segue com preços favoráveis e mais vantajosos que os do biocombustível.
Ainda assim, o ambiente é positivo para as exportações brasileiras de etanol, especialmente analisando o câmbio, que tem operado em patamares bastante desvalorizados.
As informações foram trazidas pela analista de inteligência de mercado de açúcar e etanol da StoneX, Rafaela Souza, durante evento on-line promovido pela consultoria na última quinta-feira, 15.
‘Tomando duas praças como base, Houston (Texas) e Califórnia, observamos que os preços do etanol traçaram uma firme tendência de alta desde o início de 2021. Isso propiciou a abertura da janela de exportação do produto brasileiro para os Estados Unidos’, afirma a analista.
Com base em dados da última semana, em Houston, o hidratado estadunidense foi cotado a US$ 2,05 por galão (equivalente a US$ 0,54 por litro), um valor semelhante ao do brasileiro (originário de São Paulo) quando colocado na praça dos EUA. ‘Mas é importante ressaltar que, desde o início de março, o etanol brasileiro estava mais barato em relação ao de Houston’, pondera Souza.
Na Califórnia, a dinâmica é ainda mais favorável, uma vez que que o renovável local foi cotado a US$ 2,15 por galão (US$ 0,57/L), enquanto o brasileiro alcançou US$ 1,625 por galão (US$ 0,43/L). Estes valores já consideram a incidência dos créditos do programa de descarbonização do país, o Low Carb Fuel Standard (LCFS).
Nos próximos meses, a expectativa da consultoria é que este cenário de preços continue. ‘Por mais que a produção esteja avançando em patamares um pouco mais elevados em relação ao consumo, os estoques têm diminuído, o que por si só já poderia criar um ambiente positivo para as importações americanas’, detalha a analista.
Além disso, há a perspectiva de que o preço do milho, principal matéria-prima usada nos Estados Unidos, siga valorizado, pois tanto a demanda interna quanto a internacional têm se mostrado aquecidas.
Para completar, o consumo de etanol nos Estados Unidos deve ser beneficiado caso ocorra a esperada aceleração da retomada econômica no país, motivado pelo pacote trilionário de recuperação aprovado pelo senado do país e pelo avanço da vacinação. Outro estímulo deve ser o compromisso da agenda do presidente Joe Biden pelo maior abastecimento com o biocombustível nos próximos anos.