Itaú projeta avanço de 25% para etanol de milho; combustível deve representar 1/5 do consumo em 2022

Convite do Rodolfo Schneider ao Encontro da Revenda do Brasil
06/09/2024
Carro a etanol é mais limpo que 100% elétrico, diz especialista
09/09/2024
Mostrar tudo


Money Times

O Itaú BBA espera que a produção de etanol de milho do Brasil cresça 25% na safra 2024/2025, para 7,8 bilhões de litros. Para 2025/2026, a expectativa é de um incremento de 11%, para 8,7 bilhões de litros. Os dados são do “Radar Agro” para setembro feito pelo banco.
Dessa forma, o volume de milho consumido para a produção de etanol deve alcançar 17,3 milhões de toneladas em 2024 (avanço de 29% ante 2023), representando 21% do consumo doméstico. Em 2025, o banco estima que serão consumidos 19,4 milhões de toneladas.
Para o DDGs (Grãos Secos de Destilaria), que podem ser obtidos a partir da produção do biocombustível, a expectativa é que a produção alcance 5,2 milhões de toneladas em 2024 (crescimento de 28%), sendo que o Brasil deve exportar 14% desse volume (740 mil toneladas).
O Itaú reforça que as exportações do DDGs tem crescido de maneira importante, com o volume exportado atingindo 491,5 mil toneladas de janeiro a agosto de 2024, um avanço de 24% frente ao mesmo período de 2023. Considerando essa mesma taxa de crescimento para o restante do ano, teríamos um volume total de 744 mil toneladas, acima das 600 mil de 2023.
A nova fronteira na produção de etanol
Segundo dados da UNICA (União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia), o Brasil possui 21 usinas de etanol que utilizam o milho como matéria-prima em funcionamento atualmente, sendo 11 no Mato Grosso, 6 em Goiás, 2 no Mato Grosso do Sul, 1 no Paraná e 1 em São Paulo.
Dessas 21 unidades, 11 são exclusivamente de milho, enquanto as demais produzem etanol de cana-de-açúcar e de milho, denominadas usinas flex.
De acordo com o banco, a próxima fronteira a ser conquistada parece ser a produção do biocombustível a base de trigo, sendo que usinas de etanol de trigo já começaram a ser construídas.
“Pelo mapeamento do Itaú BBA, a capacidade de produção dos três projetos (todos no RS) é de aproximadamente 385 milhões de litros por ano. No entanto, no horizonte do nosso cenário, apenas 15 milhões de litros por ano deverão estar funcionais em 2025”, apontam analistas.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *