Ipiranga muda nomes e fórmulas de seus combustíveis e promete redução no consumo

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Folha de São Paulo

A Ipiranga lança na próxima semana sua nova linha de combustíveis aditivados. A renovação abrange tanto as formulações como as nomenclaturas.
A gasolina DT Clean será rebatizada como Ipimax. Já a Octapro, de maior octanagem e voltada para veículos de alto desempenho, dará lugar à Ipimax Pro.
Antes raro nos postos Ipiranga, o etanol aditivado vai aparecer em mais unidades e também se chamará Ipimax. O nome vai designar ainda uma nova opção de diesel.
O combustível original, sem aditivação, continuará disponível na rede. A empresa afirma que os preços para os revendedores seguirão similares aos praticados atualmente.
“Ressaltamos que a Ipiranga trabalha em um ambiente com preços livres em seus pontos de venda, podendo existir variações em determinadas regiões do país, conforme as especificidades de mercado local e a decisão de cada revendedor”, diz Bárbara Miranda, vice-presidente de marketing e desenvolvimento de negócios da Ipiranga.
A empresa afirma que a nova gasolina aditivada proporcionará uma redução de 4% consumo quando comparada à original.
Como exemplo, a Ipiranga afirma que 50 litros de gasolina comum permitem rodar aproximadamente 450 quilômetros –média de 9 km/l, compatível com o uso urbano de um modelo com motor 1.0.
Com o uso da Ipimax, essa média subiria para 9,36 km/l, o que permitiria rodar 18 quilômetros a mais.
A distribuidora diz que esses resultados foram aferidos pela empresa química Innospec, mas em testes de laboratório. Medições no uso real deverão ser feitas pelo Instituto Mauá de Tecnologia, no teste Folha-Mauá.
No caso do Ipimax etanol, a Ipiranga divulga um aumento de 6% no rendimento. Os aditivos foram desenvolvidos pela Basf.
As principais concorrentes já haviam apresentado as melhorias em seus combustíveis. Em fevereiro de 2022, a Vibra Energia lançou as novas gerações das gasolinas aditivadas Petrobras Grid e Petrobras Podium.
Segundo a companhia, houve redução de até 98% a formação de sujeira dentro do motor, além de menor atrito entre as partes metálicas em relação à gasolina comum.
O desenvolvimento dos aditivos e detergentes também foram feitos em parceria com a Basf. A Vibra, contudo, foi cautelosa em relação ao consumo: os dados de economia não foram divulgados.
A renovação dos combustíveis da rede Shell teve início em novembro com a chegada da nova V-Power. A empresa estima que 99% das impurezas são removidas com o uso constante dessa opção.
A preocupação com a formação de crostas nos motores se intensificou com a evolução dos sistemas eletrônicos de controle de emissões. Motores turbinados e com injeção direta de gasolina tendem a ser mais sensíveis a compostos de baixa qualidade.

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