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No começo de 2021, o preço do barril do petróleo deu um salto de quase 35%, chegando a US$ 73,38 nos primeiros dias de março, nos mercados asiáticos.
Como a atual política de preços da Petrobras tem como componente central do reajuste o valor dos combustíveis as cotações internacionais, o consumidor brasileiro passou a conviver, nos últimos meses, com aumentos frequentes do preço da gasolina e do diesel.
Antes de tudo, é importante lembrar que a elevação abrupta dos preços do petróleo, nestes primeiros meses de 2021, surpreendeu diversos analistas do mercado financeiro e petrolífero. Havia a expectativa, por um lado, de que a Opep+ (bloco que inclui Opep e outros grandes produtores como a Rússia) retomaria a produção de petróleo, depois do corte de cerca 10% realizado em abril de 2020.
Também havia a expectativa de que a vitória de Joe Biden nos Estados Unidos criasse um afrouxamento das sanções impostas ao Irã e à Venezuela, o que permitiria o aumento da oferta global do petróleo. Por isso, o Morgan Stanley e várias agências previram uma estabilização do preço do barril, até o segundo semestre de 2021, em torno de US$ 50 ou US$ 55. Todavia, uma soma de fatores e acontecimentos econômicos, ao lado de alguns “acidentes geopolíticos”, elevou o preço do barril acima dos US$ 70 neste mês de março. Do lado econômico, a retomada da economia chinesa, cuja previsão de crescimento é de 6,5% em 2021, tem causado um efeito “controlador” mais eficiente do contágio econômico…
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