Valor Econômico
As incertezas que a nova política de preços da Petrobras trazem podem, no limite, afetar refinarias, distribuidoras de combustíveis, produtoras de açúcar e etanol e companhias de transporte, diz a Moody´s.
Os analistas liderados por Carolina Chimenti escrevem que o cenário-base é que a companhia não vai divergir materialmente dos preços de importação da gasolina e diesel, evitando grandes distorções no mercado interno.
“A política é negativa para as métricas de crédito da Petrobras, uma vez que corrói seu lucro caso a companhia não consiga repassar a volatilidade dos preços internacionais no mercado doméstico”, diz a agência de classificação de riscos.
Eles notam que a falta de uma fórmula definida dá maior flexibilidade à Petrobras na precificação dos combustíveis, mas ao mesmo tempo reduz a visibilidade das alterações.
Um cenário de assimetria prolongado nos preços prejudicaria a estratégia comercial de operadoras de refinarias independentes, como a Acelen. No caso das distribuidoras, a falta de estabilidade nos preços causa perda de margem.
Produtores de açúcar e etanol também ficariam limitados na sua habilidade de trocar produção de um ou outro produto por conta da falta de visibilidade do melhor prêmio em relação aos preços dos combustíveis.