Revista Biodieselbr
Embora já tenha sido aprovado para uso no mercado brasileiro há cerca de dois meses e meio não é lá muito provável que vejamos o consumo de diesel verde engrenando no mercado nacional no curto prazo. Removida a barreira regulatória, esse novo biocombustível ainda tem um longo caminho pela frente para conseguir reduzir a distância que separa seus preços daqueles cobrados pelo diesel fóssil ou pelo – igualmente renovável – biodiesel.
Com base nos valores de fechamento do produto para esta última semana estimados pela consultoria especializada nos mercados de energia e commodities S&P Global Platts, a tonelada do diesel verde sairia por US$ 2.024,16 no Noroeste da Europa e US$ 2.122,58 na Costa Oeste dos Estados Unidos.
Isso dá aproximadamente US$ 1,71 a US$ 1,79 – respectivamente – por cada litro do produto o que, convertido em reais, ficaria numa faixa entre R$ 8,81 e R$ 9,25. Algo em torno de três vezes os R$ 2,81 que a Petrobras está cobrando pelo litro de óleo diesel em suas refinarias e aproximadamente 65% a mais do que os R$ 5,51 que o biodiesel puro está custando atualmente – valor médio do L80 – para as distribuidoras.
E os preços também vem aumentando de forma bastante acentuada. Do começo do ano até agora, a Platts aponta para um aumento de 31,6% na Europa e de mais de 57% nos Estados Unidos. Em comparação, a Petrobras reajustou os preços do diesel em cerca de 38,4% desde o começo do ano, enquanto os valores médios praticados nos quatro leilões de biodiesel responsáveis por abastecerem o mercado nacional subiram 23,8%.
Saiba mais: https://www.biodieselbr.com/noticias/biocombustivel/cana/hvo-custa-mais-de-r-9-por-litro-280721