O Estado de São Paulo (Estradão)
O Grupo SADA, que atua no transporte e logística de veículos 0-km, converteu seis unidades dos caminhões diesel da frota para o uso do gás natural veicular (GNV). Conforme a companhia, a iniciativa faz parte do compromisso com a sustentabilidade, já que vai reduzir as emissões de dióxido de carbono (CO₂) nas operações.
Seja como for, para essa transformação, a empresa de transporte investiu R$ 7 milhões. O que incluiu o retrofit dos sistemas de alimentação, motor e câmbio. Assim como dos sistemas de exaustão e eletroeletrônicos. Resultando em um novo sistema motriz.
Nesse sentido, vale ressaltar que os seis caminhões são Iveco Cursor. Com idade média de 11 anos. Portanto, outra vantagem é o novo ciclo de vida do ativo dos modelos.
“A indústria de transportes tem um papel fundamental no desafio global de reduzir as emissões de gases de efeito estufa. E a transição para o GNV é uma etapa importante para reduzirmos nossa pegada de carbono, ao mesmo tempo que garantimos operações eficientes e seguras”, explica o diretor de operações e negócios do Grupo SADA, Ricardo Ramos.
O uso do caminhão a gás
De acordo com o Grupo SADA, a operação com os caminhões movidos a GNV pode reduzir, em média, 20% as emissões de CO₂ em comparação aos motores a diesel. Além disso, vai emitir quantidades significativamente menores de poluentes atmosféricos como óxidos de nitrogênio (NOx) e material particulado.
“Essa mudança também prepara nossa empresa para o futuro. Acreditamos que a adoção de tecnologias sustentáveis é essencial para garantir a competitividade em um mercado que valoriza a responsabilidade socioambiental”, diz o executivo.
Seja como for, até o final do primeiro trimestre de 2025, a frota de caminhões a gás da SADA passará dos atuais seis para 31. “Esse movimento de transformação, fará com que a companhia, sozinha, represente cerca de 25% de market share da frota de caminhões GNV circulante no País”, diz Ramos.
Operação GNV já foi testada pela SADA
O Diretor Comercial do Grupo SADA, Marcelo Loureiro, destaca que o investimento na frota GNV faz parte de um alinhamento estratégico com a cadeia automotiva. “Trouxemos os primeiros investimentos para apoiar o transporte entre as plantas da GM e Stellantis. E em nossos pátios em São Bernardo do Campo (SP) e Betim (MG), respectivamente”.
Nesse sentido, os caminhões vão rodar por rotas de até médias distâncias. Ou seja, com autonomia de até 340 km. Para isso, cada caminhão está equipado com oito cilindros de gás.
A empresa de transporte realizou testes com as frotas percorrendo quilometragens similares. E comparando os caminhões utilizando diesel e GNV. O que comprovou que a meta de redução de emissões está sendo cumprida.
“Comparamos as emissões de CO2 em equipamentos utilizando diesel S10, S500 e GNV. Ao final desses testes iniciais, os caminhões GNV apresentaram um resultado próximo à média de mercado. Ou seja, redução de 15% de CO2”, diz Loureiro.