Futuro da marca BR ainda é incerto para a Vibra

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Valor Econômico
O presidente da Vibra (ex-BR Distribuidora), Ernesto Pousada, disse ontem que ainda não há certeza se a empresa vai perder o direito de uso da marca BR. Desde que a Petrobras notificou a companhia, no início de janeiro, de que não tem interesse em renovar a licença de uso além do contrato atual, que se encerra em 28 de junho de 2029, há dúvidas no mercado sobre como será o futuro do uso da marca.
“Nós seguimos promovendo a marca da Petrobras, modernizando e isso é feito de anos em anos. Temos de aguardar. Ainda não é certeza se vamos perdê-la”, disse Pousada a jornalistas em convenção de revendedores da Vibra.
A BR Distribuidora foi vendida pela Petrobras em 2021. Após o prazo de 2029, a Vibra terá ainda mais seis anos para promover o “rebranding” da rede com uma marca própria. Ao notificar a Vibra, a estatal afirmou que a não renovação da licença permitirá a eventual avaliação de novas estratégias de gestão de marca e oportunidades de negócios. Até lá, o atual contrato segue vigente nos termos e condições assinados.
“Ainda faltam cinco anos para isso se concretizar. Temos de esperar. Ainda podemos fazer um novo formato com a Petrobras. Eles dizem que, nas condições atuais, não há interesse, mas não houve conversa com eles. Nós só recebemos a notificação, mas não conversamos com a Petrobras sobre isso”, disse Pousada.
O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, já comentou algumas vezes que a companhia quer voltar a estar mais próximo do consumidor, mas sem dizer em que formato.
Em outubro passado, Prates afirmou que a marca BR é “extremamente valiosa” nos lugares em que atua, principalmente na América Latina, e que diante do conhecimento da dimensão desse valor é que a companhia vai trabalhar na busca de um retorno. Porém, na ocasião, Prates destacou que essa não é uma operação “para se dar ‘undo’ [em referência à operação de se desfazer uma tarefa errada no computador], apertar uma tecla de mágica e voltar ao que era antes”.
“O que eu posso dizer é que a Petrobras precisa voltar, não necessariamente para a distribuição em si, mas para ficar próximo do consumidor final. Talvez dar algum retrocesso em alguma coisa, mas precisamos avançar para coisas novas, com conceitos novos, ir para segmentos novos”, afirmou na ocasião. Ele disse que a empresa está reavaliando todo o contrato de cessão da marca para a Vibra, pois o acordo “tem coisas que não compreendemos”.
Na convenção com os donos de postos, realizada por dois dias no Rio, a Vibra promoveu a renovação dos layouts das lojas de conveniência BR Mania e outros ativos oferecidos a revendedores, como as lojas Lubrax+. Segundo Pousada, isso seguirá sendo feito para trazer uma imagem mais moderna e atender à rede.
Vanessa Gordilho, vice-presidente de negócios, produtos e marketing da Vibra, afirmou que foi a primeira vez que a companhia fez um evento dessa magnitude, que atendeu cerca de 3,8 mil revendedores gratuitamente, sem cobrar ingressos. “Nossa intenção com esse evento é fechar negócios e engajar os revendedores”, disse Gordilho. “O foco é gerar valor para que os postos queiram as marcas da Vibra.”

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