EMBRAPA
Os representantes da Embrapa, acompanhados do presidente da UDOP na cerimônia de assinatura
A Embrapa e a União Nacional de Bioenergia (UDOP) renovaram o compromisso para o avanço técnico-científico do setor de bioenergia. A renovação do convênio foi oficializada com a assinatura de um protocolo de intenções durante o 17° Congresso Nacional da Bioenergia, realizado nos dias 2 e 3 de julho na UNIP, em Araçatuba (SP). O evento contou com a presença de mais de 1,8 mil especialistas da área. A parceria tem o intuito de promover a cooperação técnica e científica visando fortalecer e implementar a execução de ações estratégicas entre as entidades, em benefício da fomento à pesquisa no campo da bioenergia nacional.
Representando a presidente da Embrapa, Silvia Mashurá, o diretor-executivo de Pesquisa e Inovação, Clênio Naílton Pillon, e o presidente da UDOP, Hugo Cagno Filho, formalizaram a parceria que dá continuidade à colaboração iniciada em 2009. Na ocasião, foram celebrados 11 convênios iniciais sob a gestão do então presidente da Embrapa, Silvio Crestana.
Além do diretor de Pesquisa e Inovação, também representaram a Embrapa Marcelo Morandi, chefe da Assessoria de Relações Internacionais; Paula Packer, chefe geral da Embrapa Meio Ambiente; e os pesquisadores Cristiano Andrade e Nilza Patrícia Ramos.
Na cerimônia, Pillon anunciou uma nova diretriz estratégica para a Embrapa, colocando a bioeconomia no cerne do Plano Diretor da instituição. Um Grupo de Trabalho interno, composto por especialistas de 12 unidades descentralizadas, foi criado para fomentar a cooperação e desenvolver um programa robusto de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I), não apenas internamente, mas em parceria com entidades externas.
Pillon enfatizou o papel pioneiro do Brasil na bioeconomia circular e a posição de liderança global do país em energias renováveis. Ele destacou a necessidade de superar desafios de pesquisa e expressou a disposição da Embrapa em contribuir para o fortalecimento do setor, essencial para a transição energética e a resposta às mudanças climáticas.
Ainda conforme ele, o programa de PD&I visa contribuir significativamente para o desenvolvimento de tecnologias sustentáveis, intensificando pesquisas em bioinsumos, práticas de manejo e melhoramento genético. A expectativa é que esse movimento fortaleça o compromisso da empresa e de sua rede de pesquisadores e analistas, abrangendo não só as 12 unidades diretamente envolvidas, mas também as 43 unidades de pesquisa colaboradoras no setor de bioenergia baseada na cana-de-açúcar, destacou.
Para Paula Packer, esse foi um momento especial, que reposiciona e confirma a Embrapa como parceira do setor sucroenergético brasileiro, abrindo novas possibilidades de contribuição e entregas de pesquisa, inovação e políticas públicas. Segundo ela, o arranjo de pesquisa e inovação para o setor sucroenergético visa trazer a Embrapa como player importante para viabilizar soluções de descarbonização, sistemas agrícolas sustentáveis, agricultura de precisão, IoT (Internet das Coisas), dentre muitas outras possibilidades da carteira de soluções tecnológicas da Embrapa.
Já o presidente da UDOP enfatiza que a parceria entre a entidade e a Embrapa é de extrema importância para a promoção da pesquisa e desenvolvimento na área da cana-de-açúcar e bioenergia. “É encorajador ver organizações se unindo para apoiar e colaborar com projetos que visam a melhoria contínua da produtividade e sustentabilidade nesse setor”, disse.
Hugo Cagno destacou que a disponibilidade das associadas da UDOP em servir como campos experimentais demonstra um comprometimento significativo com a inovação e progresso na agricultura e na produção de bioenergia. “Esse tipo de cooperação é fundamental para impulsionar avanços e beneficiar toda a cadeia produtiva envolvida”, afirmou.
Fonte: Embrapa