Desafio na transição energética é trabalhar com a molécula renovável, diz Petrobras

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Valor Econômico

O diretor-executivo de transição energética e sustentabilidade da Petrobras, Mauricio Tolmasquim, afirmou nesta quinta-feira (19) que os maiores potenciais de curto prazo para o país atuar na energia renovável no setor elétrico estão nas gerações eólica e solar onshore (em terra). O executivo participa do Brazil- US Climate Impact Summit 2024, promovido pelo Valor e pela Amcham na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York.

“O mesmo gerador [de energia eólica] produz o dobro da energia no Brasil do que na Europa”, exemplificou o executivo, acrescentando que a Petrobras “enxerga muito” o potencial brasileiro.

Segundo Tolmasquim, o desafio da Petrobras na transição energética é “trabalhar com a molécula renovável”. Ele lembrou que a empresa já opera plantas que recebem o petróleo e entregam, como produto, diesel com um percentual de moléculas renováveis na composição.

Ele também elencou a produção de combustível sustentável para aviação (SAF, na sigla em inglês) com 100% de óleo vegetal ou animal, que serão produzidos em duas refinarias da companhia. “Os ativos [de refino] têm que ser pensados para operar de outra maneira”, frisou.

Tolmasquim lembrou das operações para captura de carbono, que poderão ser implementadas pela companhia no futuro. Ele destacou que a estatal já mapeou formações salinas na costa brasileira onde é possível armazenar CO2, em uma operação chamada globalmente de CCUS, sigla em inglês para Captura, Utilização e Armazenamento de Carbono.

Segundo ele, essas formações poderiam capturar até 250 milhões de toneladas de CO2 por ano “durante muitos anos”, o que seria o equivalente anual a cinco vezes as emissões da Petrobras. Tolmasquim frisou que, desta forma, a empresa poderia armazenar o carbono das próprias operações de das operações de outras empresas, monetizando o serviço.

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