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O consumo de combustíveis e a média nacional de crescimento do etanol hidratado na semana passada foi de 3,62%, segundo a ANP, o que é evidente.
Se o mercado de consumo de combustíveis estivesse praticando preços mais altos na cadeia de abastecimento até o início do ano, é improvável que as isenções de gasolina apertadas durante os 60 dias de posse de Lula tivessem provocado uma queda imediata nas bombas.

Consumo de combustíveis, com prioridade para o Etanol, deve crescer nos próximos dias
De 2 a 6 de janeiro, o impacto das quedas nas fábricas e nos distribuidores começará a atingir seu pico. As usinas elevaram os preços nas duas últimas semanas de dezembro, esperando o fim das isenções de PIS/Cofins e Cide para derivados de petróleo, o que prejudicará sua competitividade. As distribuidoras seguiram o exemplo.


Como isso não aconteceu, eles tiveram que abrir mão de 2,67% (R$ 2,80 por litro) acumulado até sexta-feira, conforme mostrou a Pesquisa do Cepea, assim como as distribuidoras. Eles podem ceder mais hoje em dia, como Martinho Ono, da SCA Trading, antecipa ao Money Times após 2023.

Mas as estações precisam reconstruir os lucros antes de começarem a se ajustar para baixo. Além disso, o consumo de combustível geralmente cai durante a temporada de férias.

Consumo de combustíveis pode sofrer alteração devido a inflação
A demanda de combustível do Brasil pode ser prejudicada pela inflação dos preços ao consumidor e pelo aperto monetário em 2023, de acordo com um relatório da Bloomberg Intelligence. Da mesma forma, a demanda por combustível de aviação aumentou no ano passado em relação a 2021, mas continua abaixo da média da década.


No entanto, analistas dizem que os controles de preços que a Petrobras eventualmente impõe podem ajudar a fortalecer o consumo de derivados, ou pelo menos desacelerar a queda na demanda. O presidente Lula já sinalizou a intenção de acabar com a paridade entre os preços das estatais e as ofertas internacionais.

O consumo de diesel no Brasil pode chegar a 67 bilhões de litros em 2023, um aumento de 3,4% em relação à estimativa de 2022, estimou a EPE em um documento de perspectivas de dezembro sobre o mercado de combustíveis. Para a EPE, a previsão de crescimento é baseada nas safras agrícolas recordes, bem como no aumento das vendas de veículos leves a diesel.

O consumo anual de gasolina no início do ano foi estimado em 41,7 bilhões de litros, o que, se confirmado, seria 2,1% menor do que na comparação anual. No entanto, a EPE observou que uma possível prorrogação da isenção fiscal pode alterar as estimativas para a gasolina. A previsão foi revelada antes do anúncio de medidas provisórias para estender as isenções de derivativos de PIS e Cofins.

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