Fonte: Valor Econômico
O consumo de combustíveis caiu 13% em maio, ante igual período do ano passado, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
Impactadas pela crise no abastecimento decorrente da greve dos caminhoneiros, as vendas totalizaram 9,894 bilhões de litros no mês retrasado, o pior mês de maio desde 2010 e o menor volume mensal desde fevereiro de 2012. Segundo a ANP, o consumo nacional acumula uma queda de 1,1% em 2018.
A comercialização de diesel recuou 18% em maio e acumula uma baixa de 0,6% no ano. Até abril, o consumo do derivado vinha subindo 4,2%. Já as vendas de gasolina caíram 19%, frente a maio de 2017. Nos cinco primeiros meses do ano, a retração foi de 11,1%. O consumo de etanol, contudo, manteve a trajetória de crescimento e subiu 26,12% em maio. No ano, acumula uma alta de 37,6%.
Esse crescimento, no entanto, não tem sido suficiente para sustentar o aumento do mercado do ciclo Otto (veículos leves que consomem etanol e/ou gasolina). As vendas nesse segmento, em volume de gasolina equivalente, acumulam uma queda de 3,65% no ano.
A comercialização de gás liquefeito de petróleo (GLP) recuou 12,3% em maio e acumula uma baixa de 2,2% em 2018.
O recuo no mercado de óleo combustível foi de 40% no mês retrasado e de 22,5% no ano.
Além do etanol, o outro destaque positivo foi o setor de aviação. O consumo de querosene QAV teve uma alta de 8% em maio. No ano, o crescimento acumulado é de 6,8%.
Produção
Segundo, ainda, a agência, a produção nacional de petróleo subiu 0,4% em maio, ante abril, para uma média de 2,607 milhões de barris diários. Na comparação com igual período do ano passado, houve uma redução de 1,7%.
A produção de gás natural cresceu 2,9% em maio, ante abril, para 112 milhões de metros cúbicos diários (m3/dia). Frente a maio de 2017 o aumento foi de 6,8%.
A produção total de óleo e gás foi de 3,311 milhões de barris diários de óleo equivalente (BOE/dia), alta de 0,9% frente a abril. Desse total, 55,6% veio do pré-sal. Foram produzidos, na região, 1,840 milhão de BOE/dia, aumento de 3,1% frente a abril. Foram produzidos 1,463 milhão de barris/dia de petróleo e 60 milhões de m3/dia.
Lula, na Bacia de Santos, foi o maior campo de óleo e gás natural, tendo produzido uma média, 872 mil de barris/dia e 37,4 milhões de m3/dia de gás natural. Os campos marítimos representaram 95,7% da produção de petróleo e 83,1% do volume de gás natural produzido.