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Chance de adotar medida pode se tornar mais remota após a substituição do ministro de Minas e Energia
Os subsídios são a única maneira de aliviar as pressões dos combustíveis, já que a Petrobras deve continuar acompanhando os preços internacionais, disse o representante dos acionistas minoritários no conselho da estatal, Marcelo Gasparino.
Segundo ele, o governo deveria criar um subsídio específico para setores como transporte rodoviário, transporte coletivo urbano, táxis e aplicativos. Seria uma medida semelhante à adotada pelo ex-presidente Michel Temer em 2018, para resolver a greve dos caminhoneiros, que prejudicava a economia.
“A solução conjuntural não é simples, mas está nas mãos dos governos federal e estadual”, afirmou Gasparino, em entrevista à Bloomberg News.
Apesar da pressão crescente para que o governo adote subsídios, já que a inflação supera 12% apenas cinco meses antes das eleições, a equipe econômica enfrenta limitações fiscais e eleitorais, disseram pessoas familiarizadas com o assunto.
A chance de o governo adotar subsídios pode se tornar ainda mais remota depois que o presidente Jair Bolsonaro substituiu o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, na quarta-feira. Enquanto Albuquerque insistia que a Petrobras não poderia manter os preços dos combustíveis estáveis a menos que houvesse subsídios, seu substituto Adolfo Sachsida é contra essa ajuda.
Para os membros da equipe econômica, da qual Sachsida fez parte desde 2019, a gigante petrolífera poderia ser mais sensível socialmente ao repassar os aumentos do preço do petróleo aos consumidores.
Gasparino, que é membro do conselho da empresa desde 2021, também argumenta que os governos estaduais precisam revisar a forma de cálculo da pauta fiscal do ICMS — embora ele admita que isso seja improvável devido à proximidade das eleições.
Fonte: Bloomberg