Centro-sul pode parar toda moagem de cana por protesto; perda é de R$300 mi/dia

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Fonte: Reuters

Ao menos 220 usinas de cana estão paradas em todo o centro-sul do Brasil em decorrência dos

protestos de caminhoneiros, disse nesta segunda-feira o Fórum Nacional Sucroenergético,

alertando que todas as 340 unidades podem suspender as atividades até quinta-feira caso as

manifestações persistam.
Montanha de açúcar em usina em Valparaiso, São Paulo, Brasil 18/09/2014 REUTERS/Paulo Whitaker

“O motivo da paralisação é a falta de óleo diesel, utilizado na colheita, plantio e irrigação da

cana-de-açúcar, e de outros insumos, principalmente produtos químicos como cal, ácido sulfúrico,

entre outros”, destacou o Fórum, principal entidade nacional do setor sucroenergético.

Conforme o Fórum, o centro-sul é responsável por 94 por cento da produção de etanol no país, e a

perda de receita estimada já é de 300 milhões de reais ao dia.

“Nesses dias, as usinas estão deixando de produzir mais de 250 mil toneladas de açúcar e 300

milhões de litros de etanol por dia. Estamos em plena safra e as distribuidoras não conseguem

tirar os produtos para entrega nos postos para o abastecimento.”

A entidade alerta para o risco de o setor ter dificuldades em pagar salários, de o governo

arrecadar menos e de haver menos bagaço para cogeração de energia.

Mais cedo, consultorias e a própria União da Indústria de Cana-de-açúcar afirmaram que a moagem

de cana no centro-sul na segunda quinzena de maio poderá ser 10 milhões de toneladas menor na

comparação anual, enquanto todas as usinas de São Paulo tendem a parar já na terça-feira.

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