Centro-Oeste acumula maior alta no preço de combustíveis

Diário do Estado

O preço dos combustíveis no Centro-Oeste foi o mais salgado no Brasil em janeiro deste ano. A alta nas bombas foi de 2,13% no início deste mês somente para a gasolina, de acordo com pesquisa da Ticket Log. O aumento ocorreu mesmo com a manutenção da desoneração de impostos federais sobre os combustíveis, prorrogada até o fim deste mês pelo governo Lula.

A elevação do preço ocorreu em todo o País. As maiores quedas ou menores altas na gasolina foram no Acre, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Maranhão e Tocantins. O Centro-Oeste foi a região onde o etanol teve o menor reajuste e no Nordeste o maior encarecimento do litro do derivado da cana-de-açúcar.

Nacionalmente, a média do litro da gasolina foi de R$ 5,35. O patamar está 1,59% do cobrado em dezembro do ano passado. Por outro lado, o etanol subiu mais e foi vendido a R$ 4,44 (+2,74%). Neste domingo, 15, a média nacional registrada pelo Ticket Log foi a mesma para gasolina, mas um pouco mais alta para o etanol, que chegou a R$ 4,373.
O aplicativo EON (Economia Online), da Secretaria da Economia de Goiás, apresentou os menores preços de gasolina a R$ 4,470 em Goiânia e de R$ 4,69 em Aparecida de Goiânia. O etanol mais barato na capital é R$ 3,340 e na vizinha Aparecida é R$ 3,440, enquanto o diesel nos postos goianienses pode ser encontrado a partir de R$ 5,670 e e nas bombas aparecidenses em R$ 5,890.

Apesar do aumento constatado pela Ticket Log, um levantamento da Agência Nacional do Petróleo (ANP) revelou que houve recuo do preço dos combustíveis no Brasil. A gasolina ficou em R$ 5,04 após queda de 1,56%. O etanol estava sendo vendido a R$ 3,94 o litro devido a um redução de 1,74%. A tendência também foi verificada com o diesel, que caiu 0,78% e foi comercializado nos postos por R$ 6,36, em média.
De acordo com o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado de Goiás (Sindiposto-GO), Márcio Andrade, a conclusão diferente das duas pesquisas pode ser explicada.

“Os preços que muitos postos praticam para a Ticket Log é muito maior do que o preço praticado para o consumidor normal. Eles cobram uma taxa alta do posto. Chegam a cobrar 5,5% do valor da venda como taxa do cartão. Isso faz com que muitos postos cobrem um preço mais alto para esse tipo de pagamento. A ANP apontou que o Centro-Oeste foi onde mais reduziu. Eu confio mais na da ANP porque é feita conferindo a placa de preço ao consumidor. É um preço mais real”, diz.