A Tarde Online
Estado aposta em biorrefinaria, incentivo para a produção de etanol e ‘hub’ de Hidrogênio Verde
A aposta da Bahia para o futuro passa por investimentos em fontes de energia limpa e sustentável. E se ‘o novo sempre vem’, como diz a letra de música consagrada na voz Elis Regina, o Governo do Estado tem movido as peças do tabuleiro econômico para o mundo pós-petróleo.
Jerônimo Rodrigues (PT) assinou na terça-feira, 10, no Centro de Operações e Inteligência da Segurança Pública (COI), em Salvador, o decreto que estabelece novos incentivos fiscais para a produção de etanol na Bahia. O ato também incluiu o anúncio da instalação de uma nova planta de biorrefinaria em Luís Eduardo Magalhães, na região Oeste.
PUBLICIDADE
Leia também:
É batata! Saiba por que queda do preço do tubérculo puxou deflação
Inflação provocada por seca não se resolve com juros, diz Haddad
Varejo na Bahia registra crescimento de 1,9% em agosto
Os novos incentivos fiscais consistem em crédito presumido de 75% do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) apurado nas operações com etanol anidro, que é misturado à gasolina, e hidratado, que é aquele comercializado nos postos de combustíveis.
“O Estado tem atraído empresas que aliam geração de emprego e renda e desenvolvimento sustentável. A alteração da legislação significa mais investimento em energia limpa”, destacou o chefe do executivo estadual, na ocasião da assinatura.
Atualmente, o estado importa cerca de 80% do que consome de etanol. Com a nova medida, a Bahia vai passar a ser autossuficiente e até exportadora do produto, segundo dados da Empresa Baiana de Ativos S.A (BahiaInveste).
Biorrefinaria
Com previsão de instalação no início de 2026, em Luís Eduardo Magalhães, uma nova planta de biorrefinaria, da Inpasa, vai impulsionar a geração de energias limpas e renováveis no estado.
A unidade receberá um investimento estimado de R$1,2 bilhão para uma capacidade de processamento anual de 1 milhão de toneladas de grãos. A produção contempla 460 milhões litros/ano de etanol, 230 mil toneladas/ano de DDGS, 23 mil toneladas/ano de óleo vegetal, 200 Gwh ao ano de energia elétrica.
Hidrogênio Verde
No âmbito do Hidrogênio Verde (H2V), a expectativa da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE) da Bahia prevê a atração de investimentos que possam criar um ‘hub’ no estado.
“A Bahia, que se coloca com enorme potencial para a atividade, em razão de possuir, em abundância, os diversos recursos necessários à produção, já iniciou tratativas com diversos investidores interessados em produzir Hidrogênio Verde em nosso estado”, disse Luciano Giudice, superintendente da SDE, durante solenidade de sanção da Lei do Hidrogênio Verde, no Ceará.