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O Brasil precisa ter estoques de combustíveis de porte compatível ao de países com PIB e demanda semelhante, disse Rubens Cerqueira Freitas, superintendente de distribuição e logística da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
Segundo ele, que participou do primeiro dia da Rio Oil & Gás, a Europa possui estoques para atender a demanda de 60 dias e o Brasil não tem uma capacidade para atender em situações como a atual.
Freitas acrescentou ainda que até há algum tempo a Petrobras conseguia remanejar a produção de diesel de regiões diferentes para atender eventuais riscos regionais de desabastecimento, mas que esse caminho será mais difícil com a política de desinvestimentos da estatal.
Diante do cenário global atual, investimentos em estoque de combustíveis se fazem extremamente necessários.
O superintendente da ANP ponderou, porém, que a formação de estoques requer cuidado, mas observou que os investimentos são necessários dados os riscos de novos episódios de desabastecimento.
Freitas ainda ressaltou que o país conseguiu passar pela crise causada pela guerra na Ucrânia, mas um bloqueio eventual de suprimento de diesel no mercado externo poderia ser um grave problema.
Segundo ele, a falta de diesel, que é altamente demandado pelo agronegócio, por exemplo, traria prejuízos incalculáveis para a economia brasileira.