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Organização prevê que a demanda mundial aumentará 980 mil barris por dia (bpd) em 2025, ante estimativa anterior de avanço de 1 milhão de bpd
A Agência Internacional de Energia (AIE) cortou sua previsão para a alta na demanda global por petróleo no próximo ano e elevou suas projeções para a oferta, em um cenário que provavelmente deixaria o mercado superavitário.
Em relatório publicado nesta quinta-feira (11), a organização com sede em Paris agora prevê que a demanda mundial por petróleo aumentará 980 mil barris por dia (bpd) em 2025. No documento anterior, a estimativa era de avanço de 1 milhão de bpd. Como resultado, espera-se que o consumo total no próximo ano fique em 104 milhões de barris diários.
Já para 2024, a AIE elevou levemente sua projeção para o avanço na demanda, de 960 mil bpd para 970 mil barris, o que traria o total neste ano a 103,1 milhões de bpd.
No segundo trimestre, o avanço da demanda desacelerou para 710 mil barris por dia, o menor resultado trimestral em mais de um ano, segundo a agência. Na China, houve contração no consumo de petróleo tanto em abril quanto em maio.
Ainda no relatório, a AIE ajustou para cima suas previsões para a oferta de petróleo fora da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) neste e no próximo ano.
A expectativa agora é que a produção avance 1,5 milhão de bpd em 2024 e 1,8 milhão de bpd em 2025. Anteriormente, as estimativas eram de altas de 1,4 milhão de bpd neste ano e de 1,5 milhão de bpd no ano que vem.
Em relação à oferta total de petróleo, as projeções foram ligeiramente ampliadas para 2024, de 102,9 milhões de bpd para 103 milhões de bpd, e para 2025, de 104,7 milhões de bpd para 104,8 milhões de bpd.
Os estoques globais de petróleo subiram pelo quarto mês consecutivo em maio, em 23,9 milhões de barris. Os estoques offshore caíram 17,3 mb, enquanto os estoques terrestres aumentaram 41,3 mb, para uma máxima de 30 meses.
Os preços de referência do petróleo bruto se recuperaram de mínimas de seis meses ao longo de junho, depois que autoridades da Opep+ afirmaram que o fim dos cortes voluntários de produção dependeria das condições de mercado, enquanto os riscos geopolíticos permaneceram altos. Os futuros do Brent na ICE subiram US$ 5 por barril, para US$ 86 no final do mês.
Segundo a agência, os preços do petróleo aumentaram apesar das crescentes preocupações com a saúde da economia chinesa e a desaceleração do crescimento da demanda por petróleo.
Fonte: Estadão Conteúdo