Petrobras avalia recomprar Refinaria de Mataripe, diz Prates

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Portal EPBR

Presidente da estatal disse que está conversando com o fundo Mubadala sobre a retomada da unidade na Bahia

Petrobras está em conversas com a Mubadala e avalia recomprar Refinaria de Mataripe, diz CEO da Petrobras, Jean Paul Prates, na coletiva de imprensa de detalhamento do Plano Estratégico 2024-28, em 24/11/2023 (Foto: Agência Petrobras)

CEO da Petrobras, Jean Paul Prates, na coletiva de imprensa do Plano Estratégico 2024-28 (Foto: Agência Petrobras)

A Petrobras está em conversas com a Mubadala sobre uma possível recompra da Refinaria de Mataripe, na Bahia, segundo o presidente da estatal, Jean Paul Prates.

“É uma possibilidade. Mas é mais um dos assuntos que não podemos sair comentando, por causa das negociações. Conversamos com a Mubadala várias coisas, isso também está nesse processo, mas não é o principal”, disse a jornalistas na manhã desta sexta-feira (24/11) após coletiva de imprensa para detalhamento do plano estratégico da empresa.

A Refinaria de Mataripe é a antiga Landulpho Alves (Rlam), primeiro projeto de refino vendido no processo de desinvestimento da Petrobras durante o governo de Jair Bolsonaro. A unidade hoje é operada pela Acelen, do Mubadala, o fundo soberano de Abu Dhabi, que assumiu a operação em dezembro de 2021 depois de desembolsar US$ 1,8 bilhão.

O plano estratégico da Petrobras para o período de 2024 a 2028 prevê US$ 5 bilhões de investimentos para projetos ainda em avaliação na carteira nas áreas de refino, transporte e comercialização, o que pode incluir eventuais aquisições.

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, tem defendido a recompra das unidades de refino privatizadas pela estatal nos últimos anos.

“A Petrobras deve avaliar recomprar a Rlam. É um ativo histórico e que fez parte da estratégia de desmonte do Sistema Petrobras e nunca deveria ter sido vendido”, disse em nota divulgada em setembro.


A venda de oito refinarias foi um compromisso firmado pela Petrobras com a Cade em 2019, para a abertura do mercado de refino. Além da Rlam, foram vendidas também a Reman, no Amazonas, para o grupo Atem, além da Lubnor no Ceará, para a Grepar, e a Unidade de Industrialização do Xisto (SIX) no Paraná, para a F&M Resources.

A Refinaria Clara Camarão, no Rio Grande do Norte, não fazia parte do acordo, mas também foi vendida, para a 3R Petroleum.

A Petrobras teve dificuldades para se desfazer dos demais ativos de refino postos à venda. Executivos do Cade e da Petrobras já afirmaram que o acordo pode ser renegociado.

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