Venda da RLAM cria monopólio regional e aumenta preços no NE, diz FUP

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Estadão

A Federação Única dos Petroleiros (FUP) diz que a conclusão pela Petrobras da fase de negociação com o Fundo Mubadala para a venda da Refinaria Landulpho Alves (RLAM), na Bahia, vai criar um monopólio regional no estado e em toda a região Nordeste. Em nota divulgada nesta sexta-feira, 4, a entidade afirma que os combustíveis ficarão mais caros e haverá risco de desabastecimento para os consumidores.
“Tal problema foi apontado por estudo recente da Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio de Janeiro, encomendado pela Associação das Distribuidoras de Combustíveis – Brasilcom, que avaliou ainda outras cinco refinarias que estão à venda e indicou o mesmo risco para todas as plantas”, diz a FUP.
A Petrobras informou na noite de ontem que, conforme prevê a sua sistemática de desinvestimos, o processo está, atualmente, em fase de nova rodada de propostas vinculantes. Nesta nova rodada, a Petrobras solicitou a todos os participantes que submeteram propostas vinculantes, inclusive o Grupo Mubadala, que apresentem suas ofertas finais com base nas versões negociadas dos contratos com o fundo. A estatal espera receber essas ofertas em janeiro de 2021.
A FUP explica que o parque de refino da Petrobras foi estruturado de forma integrada, para atender a todas as regiões do país, sem que uma refinaria concorra com a outra. De acordo com a entidade, a compra de uma refinaria por uma companhia privada não criará disputa, “mas sim irá promover o controle do mercado por um ente privado, sem qualquer compromisso com o abastecimento e com a oferta de produtos a preços acessíveis à população”.

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