Usinas jogaram a toalha com o etanol e não correrão mais atrás da competição com a gasolina

Resultados das ações de fiscalização da ANP no mercado de combustíveis (19 a 22/9)
26/09/2022
Etanol: hidratado sobe 0,85% na semana e anidro valoriza 0,13% pelo Indicador Cepea/Esalq
26/09/2022
Mostrar tudo


Money Times
As grandes usinas de cana-de-açúcar, que dominam o maior volume de oferta do mix, e, portanto, são as formadoras de preços no mercado interno, praticamente jogaram a tolha com o etanol hidratado.
Não correrão mais atrás de buscar competitividade com a gasolina, como Money Times já vinha abordando.
Se havia ainda alguma dúvida disso, a segunda semana de aumento na porta da fábrica, na venda para as distribuidoras, deixou claro. No acumulado, subiu 0,85% (R$ 2,4022/l), sendo que de 12 a 16 cobraram 6,93% a mais, em levantamento do Cepea.
Pela lógica, não haveria de ter alta, pois a gasolina segue caindo mais nos postos.
O retrato, então, é mais ou menos este. Controla o consumo com preços, vende o que der, dentro do básico, e o que não vender vai ficando para formação de estoques para a entressafra, porque a ordem agora é terminar a safra produzindo mais açúcar.

Os dados da Unica relativos a agosto já apontaram essa tendência, como também maior produção de etanol anidro (misturado à gasolina).
Se as usinas seguissem cortando preços do hidratado, e as distribuidoras se alinhando, e fazendo o valor descer abaixo dos 70% de paridade com o combustível concorrente nas bombas, teriam que produzir menos açúcar.
O adoçante é mais vantajoso em preços, na cotação de Nova York – e ainda a oferta da safra da Índia (começa em outubro) demora um pouco mais para pressionar -, além do que não há garantia de que a gasolina perca a vantagem que ainda oferece para o motorista, desde o ICMS de 18% imposto pelo Congresso e as reduções da Petrobras (PETR4).
Mais ainda porque o petróleo, a US$ 86,65 ontem, um dos pisos mais baixos do ano, pré-guerra da Ucrânia, deverá sempre pressionar a estatal a rever os preços nas refinarias. A recessão global está aí pesando sobre a demanda.
Para concluir, a ANP registrou que, de segunda a sexta, o preço médio do litro de gasolina recuou pela 13ª semana, 1,81%, a R$ 4,88, enquanto o do etanol hidratado cedeu apenas 0,58%, para cerca de R$ 3,41 nos postos brasileiros.

As grandes usinas de cana-de-açúcar, que dominam o maior volume de oferta do mix, e, portanto, são as formadoras de preços no mercado interno, praticamente jogaram a tolha com o etanol hidratado.
Não correrão mais atrás de buscar competitividade com a gasolina, como Money Times já vinha abordando.
Se havia ainda alguma dúvida disso, a segunda semana de aumento na porta da fábrica, na venda para as distribuidoras, deixou claro. No acumulado, subiu 0,85% (R$ 2,4022/l), sendo que de 12 a 16 cobraram 6,93% a mais, em levantamento do Cepea.
Pela lógica, não haveria de ter alta, pois a gasolina segue caindo mais nos postos.
O retrato, então, é mais ou menos este. Controla o consumo com preços, vende o que der, dentro do básico, e o que não vender vai ficando para formação de estoques para a entressafra, porque a ordem agora é terminar a safra produzindo mais açúcar.
Os dados da Unica relativos a agosto já apontaram essa tendência, como também maior produção de etanol anidro (misturado à gasolina).
Se as usinas seguissem cortando preços do hidratado, e as distribuidoras se alinhando, e fazendo o valor descer abaixo dos 70% de paridade com o combustível concorrente nas bombas, teriam que produzir menos açúcar.
O adoçante é mais vantajoso em preços, na cotação de Nova York – e ainda a oferta da safra da Índia (começa em outubro) demora um pouco mais para pressionar -, além do que não há garantia de que a gasolina perca a vantagem que ainda oferece para o motorista, desde o ICMS de 18% imposto pelo Congresso e as reduções da Petrobras (PETR4).
Mais ainda porque o petróleo, a US$ 86,65 ontem, um dos pisos mais baixos do ano, pré-guerra da Ucrânia, deverá sempre pressionar a estatal a rever os preços nas refinarias. A recessão global está aí pesando sobre a demanda.
Para concluir, a ANP registrou que, de segunda a sexta, o preço médio do litro de gasolina recuou pela 13ª semana, 1,81%, a R$ 4,88, enquanto o do etanol hidratado cedeu apenas 0,58%, para cerca de R$ 3,41 nos postos brasileiros.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *